sábado, 13 de outubro de 2012

A VERDADEIRA GUERRA ESCONDIDA PELA IMPRENSA - PIGS -.

EUA e União Europeia pretendem assumir o controle doMediterrâneo e isolar politicamente o Irã

Parece loucura que a oposição levantada na Síria desde 26 de janeiro de 2011 ainda continue e se desdobre, mais de um ano, sob a forma de luta armada, apesar da dura e sangrenta repressão do governo de Bashar al-Assad. Mas conforme comentou Polônio a respeito do comportamento de Hamlet, “embora seja loucura, há um método nela”.

Não obstante existissem condições objetivas e subjetivas para as sublevações que ocorreram e ocorrem nos países árabes, o cartel das potências industriais do Ocidente, liderado pelos Estados Unidos e seus sócios da União Europeia, armou uma equação, com ampla dimensão econômica, geopolítica e geoestratégica, sobretudo por trás das sublevações na Líbia e na Síria, iniciadas em 2011.
Aliado de Rússia e China, Assad é obstáculo para avanço ocidental sobre novas descobertas de petróleo na região
Os Estados Unidos e demais potências ocidentais pretendem assumir o controle do Mediterrâneo e isolar politicamente o Irã, aliado da Síria, bem como restringir a influência da Rússia e da China no Oriente Médio. A Rússia, desde 1971, opera o porto de Tartus, na Síria, e projeta reformá-lo e ampliá-lo, como base naval, em 2012, de modo que possa receber grandes navios de guerra e garantir sua presença no Mediterrâneo. Consta que a Rússia também planeja instalar bases navais na Líbia e no Iêmen. E o financiamento da oposição na Síria desde 2005 visou a desestabilizar e derrubar o regime de al-Assad, que representa um obstáculo, a fim de impedir o aprofundamento de suas relações com a Rússia.
A queda do regime sírio após a derrubada de Muamar Kaddafi na Líbia permitiria suprimir a presença da Rússia, onde ela mantém duas bases navais (Tartus e Latakia), cortar as vias de suprimento de armas para as organizações pró-xiitas Hisbollah, no Líbano, e Hamas, na Palestina, conter o avanço da China sobre as fontes de petróleo, isolar completamente e estrangular o Irã, com a conseqüente eliminação do governo de Mahmoud Ahmadinejad. O resultado da equação, ao mudar completamente o equilíbrio de forças no Oriente Médio, seria o estabelecimento pelos Estados Unidos e seus sócios da União Européia da full-spectrum dominance, ou seja, o pleno domínio territorial, marítimo, aéreo e espacial, bem como apossar-se de todos ativos do Mediterrâneo.
O objetivo de controlar o Mediterrâneo, Washington e Madri manifestaram abertamente com o acordo, anunciado em 5 de outubro de 2011, pelo qual a base naval de Rota (Cádiz), na Espanha, devia albergar quatro destróieres, equipados com antimísseis (BMD) da Marinha dos EUA e operados por 1,1 mil militares e cem civis, como um sistema de defesa da OTAN, a pretexto de prevenir ataques de mísseis balísticos do Irã e da Coréia do Norte, e será acompanhado por outros sistemas, na Romênia, Polônia e Turquia. E a derrubada do regime de Assad é fundamental para o êxito da equação.
Os aliados ocidentais sabem que não podem aplicar à Síria a mesma estratégia da Líbia, através da OTAN, extrapolando criminosamente a resolução do Conselho de Segurança da ONU. O apoio à sublevação na Síria e o sistema antimísseis, implantado a partir da Espanha, indicam que o alvo é realmente a Rússia, ainda percebida pelos Estados Unidos como seu grande rival, razão pela qual Moscou e Beijing vetaram a resolução do Conselho de Segurança contra o regime de al-Assad. Sua derrubada, após a de Kadafi, completaria o controle do Mediterrâneo… Isso se os fundamentalistas islâmicos não capturarem os governos na Síria como virtualmente já fizeram na Líbia e provavelmente farão no Egito.
A insurgência na Síria envolve interesses de diferentes matizes, tanto políticos quanto religiosos, de países da região (Turquia, Arábia Saudita e Qatar). Tudo indica, porém, que a conquista das fontes de energia no Mediterrâneo seja um dos principais motivos pelos quais os Estados Unidos e seus aliados estejam a encorajar abertamente a mudança do regime. Embora a produção de petróleo, na Síria, seja modesta, da ordem de 530 mil barris por dia, não se pode descartar, inter alia, esse fator como rationale da sangrenta resistência, concentrada na cidade de Homs. É preciso considerar todos os fatores a determinar o apoio à insurgência, que o Ocidente, por meio de diversos mecanismos, inclusive com a guerra psicológica presente na mídia internacional, e em aliança com as monarquias absolutistas do Oriente Médio.
As reservas de petróleo na Síria são estimadas em 2,5 bilhões de barris, situadas principalmente na parte oriental do país, próxima à fronteira com o Iraque, ao longo do Eufrates, havendo apenas um pequeno número de campos, na região central. Sua localização é estratégica em termos de segurança e de rota de transporte de energia, cuja integração se esperava aumentar com a inauguração, em 2008, do Arab Gas Pipeline, e a inclusão no gasoduto da Turquia, Iraque e Irã. E a Síria construiu um sistema de oleodutos e gasodutos controlados pela empresa estatal Syrian Company for Oil Transportation a fim de transportar óleo cru e refinado para os portos Baniyas, situados 55 quilômetros ao sul de Latakia e 34 ao norte de Tartus, onde se encontram as duas bases navais da Rússia.
Em fevereiro de 2012, os terroristas da al-Qaeda atacaram e explodiram a maior refinaria de Síria, localizada em Baba Amro, distrito 7 quilômetros a oeste do centro de Homs (também chamada Hims), cidade em que se concentra a oposição ao regime de Assad. A refinaria se liga, através de um oleoduto inaugurado em 2010,  aos campos de petróleo  no leste da Síria, à estação de Tel Adas e ao porto de Tartus.
O interesse das potências ocidentais aponta, sobretudo, para os ativos petrolíferos no mar da região. Segundo o ministro do Petróleo e Recursos Naturais da Síria, Sufian Allaw, os estudos científicos modernos indicaram a existência de enorme reserva de gás natural, calculada em 122 trilhões de pés cúbicos, e petróleo, da ordem de 107 bilhões de barris, ao longo da plataforma marítima da Síria. Diversas companhias anunciaram recentemente terem descoberto importantes reservas de gás e petróleo, mas a exploração é complicada devido às tensões entre os países da região.
As reservas, em águas profundas, nas camadas sub-sal, a leste do Mediterrâneo, próxima à Bacia Levantina, estendem-se ao longo dos 193 quilômetros da costa da Síria até o Líbano e Israel.
Desde 2010 esses dados são conhecidos. A partir de então, o Great Game na região intensificou-se dramaticamente com a descoberta na zona econômica exclusiva de Israel, na Bacia Levantina, de gigantesca reserva de gás natural denominada Leviatã. Os geólogos da U.S. Geological Survey calculam que área, abrangendo o litoral Israel, Líbano e Síria, contém ainda reservas que podem ser recuperadas, com o uso das atuais tecnologias disponíveis.
O Líbano questionou na ONU a exploração de tais reservas, dado que também se estendem à sua zona econômica exclusiva, mas Israel não está disposto a ceder sequer “uma polegada”, conforme declarou seu ministro do Exterior, Avigdor Lieberman.  E a companhia petrolífera americana Nobler Energy, sediada em Houston, anunciou em fevereiro de 2012 a descoberta em Tanin, 13 milhas ao noroeste do campo de Tamar, na plataforma maritíma de Israel, de outro campo de gás natural, prospectando  uma profundidade de 18-212 pés: um depósito de aproximadamente 120 pés de gás natural espesso.
De acordo com as estimativas, os depósitos de gás na Bacia Levantina são da ordem de aproximada de 3,5 trilhões de metros cúbicos. As descobertas na zona econômica exclusiva de Israel, dos campos de Marie B, Gaza Marine, Y ½,  Leviatã, Dalit e Tamar somavam no ano passado 800 bilhões de metros cúbicos de gás. A exploração do campo Leviatã I, em 2011, havia alcançado 5.170 metros de profundidade. Neste ponto, os depósitos de gás natural eram estimados em 16 trilhões de metros cúbicos. No nível de 7,2 mil metros, estima-se uma reserva adicional de 250 milhões de metros cúbicos.  As grandes descobertas da Nobler Energy, que explora a zona econômica exclusiva de Israel, são estimadas entre 900 bilhões e 1,4 trilhão de pés cúbicos de gás. Ao lado de tais reservas de gás, há a possibilidade da existência de 4,2 bilhões de barris de óleo.
As grandes reservas de óleo e gás, ao longo da Grécia, Turquia, Chipre, Síria, Líbano e Israel, são da maior importância geoeconômica, geopolítica e geoestratégica, uma vez que podem abastecer diretamente o Estados Unidos e a União Européia e evitar as ameaças de interrupção no Golfo Pérsico, por onde atualmente milhões de barris dos hidrocarbonetos são transportados em navios-tanques e oleodutos. A disputa dessas fontes de gás e óleo, na Bacia Levantina, constitui também fator do litígio geopolítico entre a Turquia e a República de Chipre, bem como entre Israel e o Líbano, evidenciando o grau da relevância estratégica da Bacia Levantina, que se estende do mar da Líbia à Síria.
Em 24 de março de 2011, o ministro do Petróleo e Recursos Minerais e a GPC (General Petroleum Corporation), empresa estatal da Síria, anunciou a abertura de uma  concorrência internacional para a exploração e produção de petróleo, oferecendo três blocos (I, II e III), cada um com 3 mil km2 em uma extensão total de  9.038 Km2 , localizados offshore, na zona econômica da Síria.
O anúncio da concorrência excitou as empresas petrolíferas, ao abrir a perspectiva de acesso aos hidrocarbonetos, em uma área sub-explorada e considerada como a verdadeira fronteira da exploração de petróleo no Mediterrâneo.  O centro desse projeto são 5 mil quilomêtros de “long-offset multi-client 2D seismic data”, ou seja, dados geológicos (coletados através de explosões que provocam ressonâncias sísmiscas, como uma espécie de pequeno terremoto controlado) adquiridos pela companhia francesa CGGVeritas, em 2005, para exploração em águas profundas, entre 500 e 1,700 m.
A Síria é uma arena onde as rivalidades não são apenas políticas, geopolíticas, mas também religiosas. Essa particularidade está no transfondo da luta armada contra o regime de Bashar al-Assad, sustentado pela Rússia e pelo Irã. Aí estão no Great Game os interesses hegemônicos da Turquia, na região, bem como dos Estados Unidos, França, Reino Unido e seus aliados da Liga Árabe.  E não existe mais a menor dúvida de que a insurgência contra o regime de Bashar al-Assad é sustentada com armas e dinheiro pelas potências ocidentais e pelos seus aliados do CCG (Conselho de Cooperação do Golfo), as seis monarquias mais retrógradas e absolutistas do Oriente Médio, entre quais a tirania teocrática wahhabista do rei Abdallah bin Abdul Aziz Al-Saud, da Arábia Saudita, e do seu aliado, o emir de Qatar, o xeque Hamad bin Khalifa Al Thani.
Opera Mundi

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A VERDADEIRA GUERRA ESCONDIDA PELA IMPRENSA - PIGS -.

A guerra dos EUA-NATO contra a Síria: Forças navais do ocidente frente às da Rússia ao largo da Síria

Enquanto a confrontação entre a Rússia e o Ocidente estava, até recentemente, confinada ao âmbito polido da diplomacia internacional, dentro do recinto do Conselho de Segurança da ONU, agora uma situação incerta e perigosa está a desdobrar-se no Mediterrâneo Oriental.

Michel Chossudovsky
"Quando voltei ao Pentágono em Novembro de 2001, um dos oficiais superiores do staff teve tempo para uma conversa. Sim, ainda estamos a caminho de ir contra o Iraque, disse ele. Mas havia mais. Isto estava a ser discutido como parte de um plano de campanha de cinco anos, disse ele, e havia um total de sete países, a começar pelo Iraque, a seguir a Síria, Líbano, Líbia, Irão, Somália e Sudão". Wesley Clark, antigo comandante-geral da NATO
"Deixe-me dizer aos soldados e oficiais que ainda apoiam o regime sírio - o povo sírio recordará as escolhas que fizerem nos próximos dias..." Secretária de Estado Hillary Clinton, conferência Friends of Syria, em Paris, 
Forças aliadas incluindo operativos de inteligência e forças especiais reforçaram a sua presença sobre o terreno na Síria a seguir ao impasse da ONU. Enquanto isso, coincidindo com o beco sem saída no Conselho de Segurança da ONU, Moscovo despachou para o Mediterrâneo uma frota de dez navios de guerra russos e navios de escolta comandados pelo destróier anti-submarino Almirante Chabanenko. A frota russa está actualmente estacionada ao largo da costa Sul da Síria.
Em Agosto do ano passado, o vice-primeiro-ministro da Rússia, Dmitry Rogozin, advertiu que "a NATO está a planear uma campanha militar contra a Síria para ajudar a derrubar o regime do presidente Bashar al-Assad com um objectivo de longo alcance de preparar uma cabeça de ponte para um ataque ao Irão..." Em relação à actual deslocação naval, o chefe da Armada da Rússia, vice-almirante Viktor Chirkov, confirmou, entretanto, que se bem que a frota [russa] esteja a transportar fuzileiros navais, os navios de guerra "não seriam envolvidos em Tarefas na Síria". "Os navios executarão manobras militares planeadas", disse o ministro russo da Defesa.
A aliança EUA-NATO retaliou à iniciativa naval da Rússia, com uma deslocação naval muito maior, uma formidável armada ocidental consistente de navios de guerra britânicos, franceses e americanos, previstos para serem ali instalados neste Verão no Mediterrâneo Oriental, levando a uma potencial "confrontação estilo Guerra Fria" entre a Rússia e forças navais ocidentais.
Enquanto isso, planeadores militares dos EUA-NATO anunciaram que várias "opções militares" e "cenários de intervenção" estão a ser contemplados na sequência do veto russo-chinês no Conselho de Segurança da ONU.
O planeado posicionamento naval é coordenado com operações aliadas no terreno em apoio ao "Exército Sírio Livre" (ESL) patrocinado pelos EUA-NATO. Quanto a isto, os EUA-NATO aceleraram o recrutamento de combatentes estrangeiros treinados na Turquia, Iraque, Arábia Saudita e Qatar.
A França e a Grã-Bretanha participarão este Verão em jogos de guerra com o nome de código Exercise Cougar 12 [2012]. Os jogos serão efectuados no Mediterrâneo Oriental como parte de um "Response Force Task Group" franco-britânico envolvendo o HMS Bulwark britânico e o grupo de batalha do porta-aviões Charles De Gaulle da França. O centro deste exercício naval serão operações anfíbias envolvendo a colocação em terra firme de tropas no "território inimigo" (simulada).
Pouco mencionado pelos media de referência, os navios de guerra envolvidos no exercício naval Cougar 12 também participarão na planeada evacuação de "cidadãos britânicos do Médio Oriente, caso o conflito em curso na Síria extravase fronteiras para os vizinhos do Líbano e da Jordânia".
Os britânicos provavelmente enviariam o HMS Illustrious, um porta-helicópteros, juntamente com o HMS Bulwark, um navio anfíbio, bem como um destróier avançado para providenciar defesa à força-tarefa. Estarão a bordo várias centenas de comandos da Royal Marine, bem como um complemento de helicópteros de ataque AH-64 (os mesmos utilizados na Líbia no ano passado). Espera-se que se lhe junte uma frota de navios franceses, incluindo o porta-aviões Charles De Gaulle, transportando um complemento de caças Rafale.
Espera-se que aquelas forças permaneçam ao longo e possam escoltar navios civis especialmente fretados destinados a recolher cidadãos estrangeiros a fugirem da Síria e países em torno. (ibtimes.com, 24/Julho/2012).
Fontes no Ministério da Defesa britânico, se bem que confirmando o "mandato humanitário" da Royal Navy no planeado programa de evacuação, negaram categoricamente "qualquer intenção quanto a um papel de combate para forças britânicos [contra a Síria]".
O plano de evacuação utilizando o mais avançado material militar, incluindo o HMS Bulwark e o porta-aviões Charles de Gaulle, é uma cortina de fumo óbvia. A agenda militar não tão escondida é ameaça militar e intimidação contra uma nação soberana localizada no berço histórico da civilização, a Mesopotâmia":
"Só o Charles De Gaulle é porta-aviões nuclear com todo um esquadrão de jactos mais avançados do que qualquer coisa que os sírios tenham - é especulação de incitamento [dizer] que aquelas forças pudessem ficar envolvidas numa operação da NATO contra forças sírias leais a Bashar al-Assad...
O HMS Illustrious, que está actualmente ancorado no Tamisa, no centro de Londres, provavelmente será enviado para a região no fim das Olimpíadas". (Ibid)
Este deslocamento impressionante de poder naval franco-britânico poderia também incluir o porta-aviões USS John C.Stennis, o qual está para ser enviado de volta ao Médio Oriente:
[Em 16/Julho/2012], o Pentágono também confirmou que iria reposicionar o USS John C. Stennis, um porta-aviões nuclear capaz de transportar 90 aviões, para o Médio Oriente... O Stennis estaria a chegar na região com um cruzador avançado de lançamento de mísseis, ... Já é esperado que o porta-aviões USS Eisenhower esteja no Médio Oriente naquele momento (dois porta-aviões actualmente na região estão para ser aliviados e enviados de volta para os EUA).
Em meio a situações imprevisíveis tanto na Síria como no Irão, que teriam deixado forças estado-unidenses tensas e excessivamente sobrecarregadas se fosse necessária uma firme resposta militar em qualquer circunstância. (Ibid, ênfase acrescentada)
O grupo de ataque USS Stennis está para ser enviado de volta ao Médio Oriente "numa data não especificada no fim do Verão" para ser posicionado na área de responsabilidade do Comando Central:
"O Departamento da Defesa disse que o deslocamento anterior viera de um pedido feito pelo general do Marine Corps James N. Mattis, o comandante do Comando Central (a autoridade militar dos EUA que cobre o Médio Oriente), parcialmente devido à preocupação de que haveria um curto período em que apenas um porta-voz estaria localizado na região". (Strike group headed to Central Command early - Stripes Central - Stripes, July 16, 2012)
O Gen. Marine James Mattis, comandante do U.S. Central Command, "pediu para avançar o posicionamento do grupo de combate com base num "conjunto de factores" e o secretário da Defesa Leon Panetta aprovou-o"... (ibid)
Um porta-voz do Pentágono declarou que a mudança de posicionamento do grupo de ataque USS Stennis fazia parte de "um vasto conjunto de interesses de segurança dos EUA na região". "Estamos sempre atentos aos desafios colocados pelo Irão. Deixe-me ser muito claro: Esta não é uma decisão baseada unicamente nos desafios colocados pelo Irão, ..."Não é acerca de qualquer país particular ou uma ameaça particular", dando a entender que a Síria também fazia parte do posicionamento planeado. (Ibid, ênfase acrescentada)
"Cenários de intervenção"
Este maciço posicionamento de poder naval é um acto de coerção tendo em vista aterrorizar o povo sírio. A ameaça de intervenção militar tem em vista desestabilizar a Síria como estado nação bem como confrontar e enfraquecer o papel da Rússia na intermediação da crise síria.
O jogo diplomático da ONU está num impasse. O Conselho de Segurança da ONU está morto. A transição é em direcção à "Diplomacia guerreira" do século XXI.
Se bem que uma operação militar aliada total dirigida contra a Síria não esteja "oficialmente" contemplada, planeadores militares estão actualmente envolvidos na preparação de vários "cenários de intervenção".
Líderes políticos ocidentais podem não ter apetite por intervenção mais profunda. Mas como a história tem mostrado, nós nem sempre escolhemos que guerras combater - por vezes as guerras escolhem-nos. Planeadores militares tem a responsabilidade de preparar para opções de intervenção na Síria para os seus mestres políticos caso este conflito seja escolhido. A preparação estará a ser efectuada em várias capitais ocidentais e sobre o terreno na Síria e na Turquia. Até o ponto do colapso de Assad, é mais provável que vejamos uma continuação ou intensificação das opções abaixo do radar de apoio financeiro, armamento e aconselhamento dos rebeldes, operações clandestinas e talvez guerra cibernética a partir do Ocidente. Após algum colapso, entretanto, as opções militares serão vistas a uma luz diferente. ( Daily Mail, 24/Julho/2012, ênfase acrescentada)
Observações conclusivas
O mundo está numa encruzilhada perigosa.
A configuração deste planeado posicionamento naval no Mediterrâneo Oriental com navios de guerra dos EUA-NATO contíguo àqueles da Rússia é sem precedentes na história recente.
A história conta-nos que guerras são muitas vezes desencadeadas inesperadamente devido a "erros políticos" e erro humano. Os segundos são os mais prováveis dentro no âmbito de um sistema político desagregados e corrupto nos EUA e na Europa Ocidental.
O planeamento militar EUA-NATO é supervisionado por uma hierarquia militar centralizada. Operações de Comando e Controle são em teoria "coordenadas" mas na prática muitas vezes elas são marcadas pelo erro humano. Operativos de inteligência muitas vezes funcionam independentemente e fora do âmbito da responsabilidade política.
Planeadores militares são agudamente conscientes dos perigos de escalada. A Síria tem capacidades de defesa aérea significativas bem como forças terrestres. A Síria tem estado a instalar seu sistema de defesa aérea com a recepção dos mísseis russos Pantsir S1 . Qualquer forma de intervenção militar directa dos EUA-NATO contra a Síria desestabilizaria toda a região, levando potencialmente à escalada numa vasta área geográfica, que se estende desde o Mediterrâneo Oriental até a fronteira do Afeganistão-Paquistão com o Tadjiquistão e China.
O planeamento militar envolve cenários intricados e jogos de guerra por ambos os lados incluindo opções militares relativas a sistema de armas avançados. Um cenário Terceira Guerra Mundial tem sido contemplado pelos planeadores militares EUA-NATO-Israel desde o princípio de 2000.
A escalada é uma parte integral da agenda militar. Preparativos de guerra para atacar a Síria e o Irão têm estado num "estado avançado de prontidão" durante vários anos.
Estamos a tratar com complexas tomadas de decisão políticas e estratégicas que envolvem a acção recíproca de poderosos grupos de interesses económicos, as acções de operativos de inteligência.
O papel da propaganda de guerra é fundamental não só para moldar a opinião pública, levando-a a aceitar a agenda de guerra, como também para estabelecer um consenso dentro dos escalões superiores do processo de tomada de decisão. Uma forma selectiva de propaganda de guerra destinada a "Top Officials" (TOPOFF) em agências do governo, inteligência, militares, aplicadores da lei, etc destina-se a criar um consenso firme em favor da Guerra e do Estado Policial.
Para o projecto guerra ir em frente é essencial que tanto os planeadores políticos como os militares estejam legitimamente comprometidos em conduzir a guerra "em nome da justiça e da democracia". Para que isto se verifique, eles devem acreditar firmemente na sua própria propaganda, nomeadamente em que a guerra é "um instrumento de paz e democracia".
Eles não têm preocupação para com os impactos devastadores de sistemas de armas avançados, rotineiramente classificados como "danos colaterais", muito menos o significado e significância de guerra antecipativa (pre-emptive), utilizando armas nucleares.
As guerras são invariavelmente decididas por líderes civis e grupos de interesse e não pelos militares. A guerra serve interesses económicos dominantes os quais operam a partir dos bastidores, por trás de portas fechadas em salas de reunião corporativas, nos think tanks de Washington, etc.
As realidades são invertidas. Guerra é paz. A Mentira torna-se a Verdade.
A propaganda de guerra, nomeadamente as mentiras dos media, constituem o mais poderoso instrumento guerreiro.
Sem a desinformação dos media, a agenda guerreira conduzida pelos EUA-NATO entraria em colapso como um castelo de cartas. A legitimidade dos criminosos de guerra em altos postos seria rompida.
Portanto é essencial desarmar não só os media de referência como também um segmento dos media alternativos auto proclamados como "progressistas", os quais têm proporcionado legitimidade para a obrigação da "Responsabilidade de proteger" ("Responsibility to protect, R2P) da NATO, em grande medida tendo em vista desmantelar o movimento anti-guerra.
A estrada para Teerão passa por Damasco. Uma guerra ao Irão patrocinada pelos EUA-NATO envolveria, como primeiro passo, a desestabilização da Síria como uma nação-estado. O planeamento militar relativo à Síria é uma parte integral da agenda de guerra ao Irão.
Uma guerra contra a Síria poderia evoluir na direcção de uma campanha militar EUA-NATO contra o Irão, na qual a Turquia e Israel estariam envolvidas directamente.
É crucial difundir esta notícia e romper os canais de desinformação dos media.
Um entendimento crítico e não enviesado do que está a acontecer na Síria é de importância crucial na reversão da maré de escalada militar rumo a uma guerra regional mais vasta.
Nosso objectivo em última análise é desmantelar o arsenal militar EUA-NATO-israelense e restaurar a Paz Mundial.
É essencial que o povo no Reino Unido, na França e nos Estados Unidos impeça o próximo posicionamento naval de ADM no Mediterrâneo Oriental.
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COMO OS "BANQUEIROS" ROUBAM E ESCRAVIZAM A POPULAÇÃO.

     Tudo que produzimos e dispomos para nosso consumo é oriundo do fruto do trabalho e da inteligênia humana para dar utilidade e finalidade aos materiais disponíveis na natureza.

     Qualquer produto da criação e do esforço humano possui basicamente o insumo material para sua produção e o esforço do trabalho para a transformação e colocação à disposição do consumidor.

     No entanto, os "banqueiros" se apropriam da produção e pelo instrumento da especulação - usura = juros - aumentam o valor final do produto, quando não se enriquecem absurdamente com financiamentos para aquisição dos bens de consumo.

     Toda riqueza de uma população de trabalhadores tem a sua origem no trabalho e no seu esforço, tal riqueza recebe a denominação de salário.

     A riqueza dos "banqueiros" tem origem na exploração do trabalho alheio e na expelução sobre a atribuição de valores aos bens.

     O "banqueiro" não utiliza recurso próprio para realizar os seus "empréstimos". Utiliza os recursos disponíveis dos saldos positivos existentes nas contas dos seus clientes, que por força da insegurança social são obrigados a entregar-lhes todo seu numerário em espécie.

    Assim o saldo excedente de um cliente é vendido pelo "banqueiro" a outro cliente que dele precise.

     Ocorre que do cliente do qual foi retirado o valor a ser "emprestado" não recebe qualquer remuneração por este empréstimo ou pelo seu saldo positivo em conta junto aos "banqueiros".

     O adquirente do valor em espécie paga ao "banqueiro" o preço do ócio,  ou seja, "juros" extorsivos pelo uso do crédito.

     Assim, o "banqueiro" sem produzir um grão de feijão ou um parafuso sequer, contabiliza lucros exorbitantes ao final de um exercício financeiro. Lucros estes que superam em muito o lucro das empresas constituídas para produção e venda de bens.

     Do outro lado o mesmo "banqueiro", na mesma operação também "financia" as empresas, que repassam o ágio cobrado ao preço final do produto.

     Assim, em um exemplo bastante simplista, podemos citar a construção de um imóvel, onde o preço do metro quadrado é vinculado à quantidade do material de insumo utilizado, o trabalho requerido e a carga tributária paga ao país.

     Em cálculo simplista podemos afirmar que custe o metro quadrado 500 unidades de moeda corrente. O mesmo metro quadrado é vendido a 3.000 unidades de moeda corrente, 1.500 unidade a título de especulação e 500 unidade a título de preço real.

     O preço final de 3.000 unidades de moeda é "financiado" pelos "banqueiros" a um custo total de 9.000 unidade de moeda, das quais 6.000 correspondem ao preço do ócio, ou seja, mera agiotagem com o capital que não é próprio.

     Assim, de 500 unidades de moeda de valor real, o adquirente paga 8.500 unidades de moeda a título de especulação financeira. Ou seja, é ROUBADO.

     O pior é que muitas das vezes o salário - fruto do trabalho - nunca é suficiente para aquisição dos bens da vida, sendo necessário o parcelamento da dívida contraída para necessidades essenciais - moradia, transporte, vestuário -.

    Deste modo o trabalhador entrega ao "banqueiro" parcela de sua vida - trabalho - para aquisição de bens.

     No Brasil os crédito imobiliário estimulado pelo governo federal estabeleceu prazo de 30 anos para o pagamento da dívida contraída pelo trabalho para aquisição de bens imóveis.

     Ocorre que tal dívida conforme demonstrado possui 1.500% de ágio em relação ao preço real.

     Estes 1.500% de agiotagem correspondem ao sacrifício de 28 anos de vida do trabalhador para pagar a sua dívida.

     Deste modo cria o trabalhador ESCRAVO de sua dívida e ESCRAVO dos "banqueiros.

COMO A ÁGUA DO BRASIL É ROUBADA.

     Sempre ouvi a história de que a crise do terceiro milênio seria em decorrência da água.

     Ficava imaginando os países em guerra atrás de um balde de água. Nunca entendi direito como seria essa história do controle sobre o bem mais precioso da humanidade.

     Acontece que, a questão diz respeito à forma como a água atua sobre a vida, principalmente no sistema celular. Na verdade toda célula viva armazena uma grande quantidade de água, é aquele padrãopara o ser humano onde 70% do peso é água.

     No reino vegetal não também não é diferente. Toda produção vegetal exige água, que será armazenada pelas células da produção vegetal. Sejam grãos, verduras, frutas. O mesmo vale para produção animal - leite, carne, couro,  etc. -.

    Para a produção de alimentos destinado ao consumo humano, é essencial a existência da água. Assim precisamos de vários litros de água para a hidratação humana e também para que produza os alimentos necessários essencial à existência humana no planeta.

     Nos sistema de produção alimentar, a água entra pela via de dois processos, ou pela via natural da precipitação - CHUVA/NEVE - ou pela exploração dos lençóis freáticos.

     Para a produção dependente de chuvas, é importante que estas tenham seu ciclo bem definido e de forma abundante, aqui estamos falando em torno de 1.000 mm/ano de precipitação volumétrica, bem distribuída durante todos os meses do ano.

    O fator climático é preponderante para produção agrícola, sendo importante uma baixa amplitude térmica anual, sem excesso de calor ou frio.

      A exploração dos lenções freáticos - ou seja a água subterrânea - possui um ônus grave, pois existe a necessidade de um controle absoluto sobre a quantidade retirada de água do sub-solo, já que é importante que água retirada seja reposta em um ciclo não muito longo pelos sistemas de precipitação, senão o risco de exaurir o aqüífero e muito grande.

     Sobre a exploração agrícola sem a aplicação de uma técnica sustentável de extração da produção, também há os riscos de perda dos nutrientes e da desertificação do solo. Sobre o assunto é interessante averiguar o tema "tempestade negra" - dust bowl - fenômeno que assolou o middle west americano na década de trinta, causando sérios transtornos sociais e ambientais.

     Recentemente o referido middle west, também conhecido como corn bell e cotton bell, pela excelente média de produção agrícola, foi assolado por um crise na produção por conta da seca. Ocorre, que tal fenômeno estava controlado pela exploração do aqüífero americano.  Ou seja, a produção daquela região dependia e depende da água subterrânea.

     Os países localizados entre os trópicos de capricórnio e câncer - Lat. 30º N e Lat. 30º - possuem uma estrutura privilegiada em relação à oferta natural de água em decorrência da precipitação pluviométrica e em decorrência do clima. Ou seja, são excelentes para exploração agrícola,  desde que seja adotada meditas conservacionistas, em relação ao solo, para tal produção, levando à miséria um sem número de agricultores daquela região.

     O Brasil, pela sua extensão continental, possui grande parte do seu território em uma localização privilegiada, nos limites dos trópicos acima descrito. Possui uma precipitação volumétrica de chuvas anuais que atingem Tera-litros de água despejados em seu solo todo ano.

     De outro lado possui uma ramificação extensa de rios que banham todo seu território, ofertando em grande quantidade o precioso líquido.

     E ainda sequer foi tocado em seu aqüífero subterrâneo.

     Deste modo, não é de surpreender que seja o maior produtor agrícola do mundo na atualidade, fornecendo alimentos para todo o planeta.


     Aquí mora a questão sobre que é dono da produção e como a água é roubada de nosso país.

   
     Para esclarecer este ponto, é importante retornar um pouco na história, mas próximo há época das grandes navegações.

     A península Ibérica - Espanha e Portugal - receberam um grande afluxo de "banqueiros", que se instalaram na península, e com grande influência sobre os Reis de Espanha e Portugal, passaram a financiar expedições exploratórias pelo mundo afora, tudo com o objetivo de trazer riquezas e comercializá-las na Europa.

     Um negócio altamente lucrativo.

     Em meados do século XVI, sobre influência da inquisição católica, tais "banqueiros" foram expulsos da península, acabando por se instalar nos Países Baixos - hoje Holanda -.

     Neste época Portugal e Espanha possuíam várias colonias na África, Americas, Ásia e Oceania. Os "banqueiros" dos Países Baixos constituíram uma empresa chamada COMPANHIA DAS ÍNDIAS, passando a financiar o comércio embarcado das colônias Portuguesas e Espanhola para a Europa.

     No Brasil, instalaram-se colônias portuguesas nas chamadas Capitanias Hereditárias, decorrente do tratado de Tordesilhas. Tais colônias passaram a produzir melaço de cana de açúcar, ou açúcar mascavo. Produto que  possuía grande valor econômico na Europa. Efetivamente valia o peso em ouro.

     A dita Companhia da Índias, estabeleceu um grande negócio, financiando o aprisionamento de negros africanos e levando-os como mão de obra escrava para a Colonia Portuguesa no Brasil, Caribe e estados Unidos. O negócio era trocar os negros por balas de melaço produzido nas Índias Ocidentais e outros produtos, para o comércio na Europa.

    O negócio era das "Índias", envolvendo cifras milionárias e pouco se importando com o estrago causado ao ser humano - até se propalando a idéia de que negro não possuía "alma", como elemento de justificação do aprisionamento e a imposição de condições sub humanas aos negros traficados às colônias -.

     O interessante é que os Chineses que realizaram o trabalho da construção da ferrovia que ligava o leste ao oeste americano, também recebiam esse tratamento: "sem alma".

     A tal companhia da índias tentou montar uma filial no Recife e em São Luis, sendo expulsos por Portugueses apoiados pelos índios. A colonia nas duas Capitais recebera então a tentativa de batismo de Reino da Holanda Ocidental. A qual, após a expulsão do solo brasileiro acabou sendo implantada no hoje chamado Suriname.

     Os "banqueiros" dos países baixos acabaram cruzando o oceano e se estabelecendo nos Estados Unidos, principalmente no Distrito de Manhathan, na cidade de Nova Iorque.


     Agora, vem a história do apropriação da água produzida pelos países agrícolas.

   

     Ocorre, que tais "banqueiros" passaram e controlar o comércio de produtos agrícolas, denominando-os de "commoditties". Então tudo que fosse oriundo da produção agrícola ou agropecuária, passou a se denominar "commoditties".

     Para controlar o comércio e sistema de compra e venda, estabeleceu-se "regras" e o preço das mercadorias que passaram a ser controlados pelos "banqueiros" na denominada "BOLSA DE CHICAGO", ou seja, tudo que é produzido em qualquer quebrada no mundo afora, recebe um preço estipulado pela  tal "bolsa de Chicago".

     É o tal "laissez faire, laissez passer", o tal sistema liberal de mercado.

     Mas, na verdade nada mais é do quê um sistema de controle da produção agrícola mundial, deste modo é um mercado especulativo e quem ganha com o sistema não é o produtor - que sofre no campo para tirar a produção, correndo todos riscos e prejuízos com a perda da  safra -, mas sim o atravessador e o especulador do mercado, ou seja os tais "banqueiros".

     De outro lado, mantém-se sempre o preço da produção controlados de modo a evitar o repasse de riqueza advinda da venda da produção aos países produtores, que de dada  forma jamais passarão a ser mais do quê isto: meros produtores.

     Assim, mantém-se parte população mundial  com fome e a outra parte escrava da produção sem auferir qualquer vantagem econômica pelo suor e exaurimento do seu trabalho. Ganhando apenas uma efêmera parte da população mundial.


     O ROUBO DA ÁGUA.

     Como expliquei no início, a água entra nos processos celulares e são armazenadas alí.  Para produção de  1 kg de cereal são necessários 1.000 litros de água. O raciocínio é simples, para produzir 1t - uma tonelada - de grãos são necessários 1.000.000 - UM MILHÃO - de litros de água.

     Bem, deste modo a exportação agrícola de grãos, carnes, vegetais, frutas, verduras, nada mais são do quê a exportação de água de uma outra forma.

     Ou seja é um sistema de exportação de água, mas não in natura.

     Ocorre que tal água,  que é uma riqueza dos países produtores, acabem sendo entregues aos especuladores de mercado, que nada mais estão fazendo do quê roubar a água dos países produtores.

     Isto tudo ocorre diariamente. Bilhões de pessoas na pobreza, para o enriquecimento de alguns.


COMO A ÁGUA É ROUBADA DOS PAÍSES PRODUTORES - PARTE II

     Como explicado anteriomente a água é exportada em forma de commodities e o preço destes é controlado pela bolsa de chicago, por banqueiros e especularadores internacionais.

     Então de um lado temos o produtor rural, que trabalha buscando o seu sustento e de sua família pela sua produção laborosa em extrair da terra o seu fruto. Do outro lado temos a produção comercializada em um mercado central - bolsa de chicago - onde são atribuídos valores - papéis - à produção agrícola e pecuária mundial.

     É forçoso concluir que tais papéis entram em um sistema que pode ser chamado de cassino especulativo, onde em operações de compra e venda pelo "preço do dia" pode levar a lucros absurdos, sem que se saia de uma cadeira de uma sala em wall street.

     Neste cassino, pouco importa o sofrimento e a miséria do produtor rural.

     Se do outro lado temos os especuladores, com compra e venda de mercadoria nos depósitos - estoques - ou mercadoria do chamado "mercado futuro", do outro lado temos os produtores rurais precionados pelos custos da produção e pela incerteza da resultado do seu trabalho.

     O ônus da incerteza é exclusivo do produtor, contudo todos os custos também correm por conta deste.
 
     Para dar uma noção do tal cassino especulativo, toda a produção do soja brasileiro foi vendido no chamado "mercado futuro". Ou seja, a colheita foi vendida antes mesmo de ser plantado, assim o produtor garantiria uma receita monetária para poder investir na sua produção, sofrendo menos interverência dos empréstimos dos "banqueiros".

     Com a venda de a produção, ocorreu o fenômeno da estiagem nos EUA - grande produtor da leguminosa - que arrasou a produção do commoditie - soja - no mercado americano. Deste modo a colheita recorde da safra brasileira já estava comercializada e o preço do papel do produto em estoque foi à estratosfera, gerando grande lucros aos operadores que investiram no tal mercado futuro.

     O problema é que para a indústria moageira do soja no Brasil - produtora de óleo de soja - não há mais soja disponível para moagem e produção, deste modo mesmo sendo o maior produtor mundial da leguminosa o Brasil terá que importar grãos em 2012 para abastecer o mercado interno.

     O mais irônico da coisa é que a importação se dará com produto em estoque no mercado interno.

     Como fica o produtor em relação à margem de lucro obtido pelo especulador? Dane-se...é o velho mercado "liberal" dos banqueiros ditandos as regras e centralizando as riquezas às coorporações.

     Mas dentro de uma realidade de uma cadeia de produção, na verdade é o produtor quem está em risco com a sua produção. É ele quem procura para produzir os meios econômicos e assume os riscos da produção em caso de quebra.

     O referido risco diz respeito à garantia dada para os chamados empréstimos para produção rural, e garantia é a própria terra do produtor. O empréstimo é necessário para a aquisição de insumos agrícolas ou pecuários.

     A produção e comercialização de tais insumos são dominados por corporações internacionais - basf, pioneer, monsanto, etc - que impõe o preço ao consumidor em condição de único fornecedor, sem sofrer os riscos da concorrência.

     Assim o empréstimo contraído pelo agricultor/pecuarista é repassado para o produtor de insumo agrícola, que por sua vez repassa aos agentes financeiras - "banqueiros" - para emprestar aos produtores. Nesta operação a usura e a agiotagem é o que prevalece.

     Desta forma, o agricultor/pecuarista é refém dos sistema dos "banqueiros" que nada perdem, somente tem a ganhar.

     Deste modo, que na verdade é dono da produção agrícola/pecuária não é o produtor, mas sim seu agente financeiro.

     E aquí está o grande roubo da água, embutida na produção rural. A riqueza dos países produtores é entregue aos grandes especuladores e agiotas internacionais.

SANEPAR S/A - FRAUDE, CORRUPÇÃO E POLUIÇÃO

     A água é um bem necessário para humanidade. Elemento essencial à vida humana e insumo básico de sobrevivência.

     Todo ser humano necessita de água, contudo mesmo o planeta se constituindo de 2/3 deste líquido - podendo até ser chamado de planeta "água" ao invés de TERRA - apenas um porcentual muito baixo é apropriado ao consumo humano.

     A caraterística necessária para tornar-se útil ao consumo humano são as qualidade relativa à ausência de cheiro, ausência de cor e ausência de gosto. Portanto torná-la  consumível não é uma tarefa fácil,  exigindo processos industriais para sua purificação.

     A proteção deste bem se constitui um assunto de interesse de de segurança à qualquer nação e motivo de  vários conflitos em nosso planeta. Assim, é necessário proteger os mananciais e as nascentes evitando a contaminação deste  precioso líquido por metais pesados ou dejetos humanos.

     No estado do Paraná a empresa responsável pela purificação da água é uma empresa estatal. Tem natureza de empresa estatal pública pela própria essência do produto que disponibiliza à população, um bem essencial, logo que não pode ser colocado à mercê de um mercado monopolista ou que encareça por demais o produto final.

     Durante  vários anos, esta foi a natureza essencial da empresa,  dentro de uma política de produção de água de saneamento básico, cobrando o preço público, ou seja, um preço que torne o produto acessível à toda população. Deste modo não se trata de um preço que seja por demais oneroso, mas que apenas viabilize a produção e administração da própria empresa.

     Sendo assim, não há a essencialidade da objetivação de lucro por tal empresa, pela natureza da essencialidade de sua atividade.

     Entre as atividades fim da referida empresa SANEPAR está o de levar o saneamento básico à toda população. Saneamento este que consiste no tratamento dos dejetos humanos, de forma a torná-los insipientes quanto à agressão ao meio ambiente.

     Deste modo a referida empresa pública, também possui dentre suas característica o exercício do "PODER DE POLÍCIA" conferida ao estado e "PODER REGULAMENTAR e de AUTOTUTELA", próprios do serviços público.

     Como poder  regulamentar e autotutela pode impor aos usuários dos serviços obrigações e infringir multas decorrentes da autotutela e poder de polícia. Sendo tais exações apropriadas ao descumprimento dos usuários da adesão ao serviço de águas e esgoto.

     Ou seja, atraindo a competência precípua do estado em relação à limpeza de dejetos humanos, pode coagir os usuários à obrigação de ligação a eventual sistema de captação de esgoto a ser tratado, impondo-lhes multas, caso descubram a exação.

     Dentro do sistema de captação e produção de água potável apropriada para o consumo humano, adota-se dois: FLOCAÇÃO e FLOTAÇÃO.

     Pelo sistema de flocação, são adicionados produtos químicos em tanques de decantação e a sujeita se aglutina, tornando-se mais pesada e depositando-se no fundo do tanque.

     Pelo sistema de flotação, em um tanque são  injetado gás que se liga à particulas de sujidade em elevam-nas para tona em forma de bolhas, e por um processo de gravidade - colocando-se mais água no tanque - são destinadas ao descarte em tanques de recuperação.

     O sistema de flocação possui um preço menor do quê o preço do sistema de flocação.

     Na cidade de Curitiba, no ano início do milênio, a água passou a apresentar gosto e cheiro. Nesta época a maior parte dos usuários de água da cidade consumia água de torneira. Contudo por força de grande campanha em jornais e televisão - dominados por um grupo associado ao governo estadual -, inclusive mostrado lixo hospitalar descartado sobre rio que era usado para captação do sistema.

     Por força de tal campanha e por ausência de justificação conclusiva do governo estadual, a população passou a consumir água mineral. No início o custo de 20 litros de água mineral estava a R$ 1,50...atualmente o mesmo preço é pago por 0,5 litros. O mais interessante é que a maior empresa de refrigerantes - SPAIPA, dono da marca COCA-COLA - passou a dominar o mercado de água mineral.

     E forçoso concluir, que o aparecimento de gosto e cheiro na água foi ação orquestrada com a finalidade de obtenção de um maior lucro com a venda de um produto que estava à disposição na torneira de toda a população.

     Com um aumento populacional em Curitiba e em sua região Metropolitana - ocasionada por migrações decorrentes de propagadas do governo estadual feitas em outros estados do País, mostrando a cidade como uma maravilha de primeiro mundo, tudo com a finalidade de angariar novos eleitores mais receptivos aos seus desmandos  -, também aumentou a poluição de mananciais.

     Desta forma a maneira mais apropriada para purificação de água seria o sistema de flotação...contudo tal sistema se constitui em valor maior do quê o de produção por flocação.

     A empresa hoje, não consegue dar conta da demanda da população...ou seja, mesmo tendo água em seus reservatório, não consegue purifica-la em quantidade necessário para atender à demanda da população.

     Assim, impõe rodízios em locais alternados para evitar o aumento de gastos com a instalação de novas usinas de tratamento. A imprensa local noticia tais rodízios semanalmente, informando tratarem-se de "OBRAS" da sanepar.

   

     O produto - serviços - oferecidos pela empresa tem caráter de monopólio, e por ter natureza de estatal submete-se e prevalece-se dos atributos conferidos ao poder de império do estado.

    Deste modo é um monopólio altamente lucrativo e privilegiado, o que atraiu o interesse de especuladores internacionais. Tendo um governo de origem israelense existiu então uma conjugação de interesses dentro do poder executivo estadual com interesses de corporações internacionais,  que pouco estão se importando com a atividade social da empresa, mais importando a realização de lucros.

     Assim, implantou-se um sistema objetivando controlar o mercado de forma legal - com o controle sobre deputados estaduais, com o pagamento de propina -, do mesmo modo fechou-se a possibilidade de demandas judiciais, controlando o poder judiciário e o ministério público em troca de favores e interesses.

     A empresa que era pública passou a ter capital aberto e a negociar suas ações no mercado de capital, tendo um grupo de investidores ocultos - fundos de investimentos - e corporações internacionais declaradas.

     O maior acionista da empresa - fora o governo estadual - é o grupo dominó, que é liderado por um israelense golpista francês, procurado pela interpol.

     Outros acionistas são operadores do mercado especulativo internacional, a relação está abaixo:

COMPANHIA DE SANEAMENTO DO PARANÁ
QUANTIDADE TIPOS DE AÇÕES
DE AÇÕES ORDINÁRIAS % PREFERENCIAIS %
GOVERNO DO ESTADO DO PARANA 217.377.642 52,50 173.902.122 6 0,00 4 3.475.520 34,99
DOMINO HOLDINGS SA 143.882.834 34,75 115.106.273 3 9,71 2 8.776.561 23,16
CLUBE DE INVESTIMENTO DEC 5.228.551 1,26 - - 5 .228.551 4,21
CAIXA VINCI VALOR FIA 3.940.100 0,95 - - 3 .940.100 3,17
JOHN HANC LIFE INSUR COMPANY 3.203.941 0,77 - - 3 .203.941 2,58
WIMBLEDON INVESTMENTS FUND 2.983.800 0,72 - - 2 .983.800 2,40
POLLUX ACOES FUNDO DE INVESTIMENTO DE ACOES 2.626.700 0,63 - - 2 .626.700 2,11
FUNDO DE INVESTIMENTO EM ACOES DIMORAES 2.500.000 0,60 - - 2 .500.000 2,01
NEW YORK LIFE INSUR COMPANY 2.432.831 0,59 - - 2 .432.831 1,96
PBRE LLC 1.822.800 0,44 - - 1 .822.800 1,47
OPP I FIA 1.761.887 0,43 - - 1 .761.887 1,42
CREDIT SUISSE EQUITY FUND (LUX) GLOBAL VALUE 1.600.000 0,39 - - 1 .600.000 1,29
CSHG VERDE MASTER FUNDO DE INVESTIMENTO MULTIMERCADO 1.399.400 0,34 - - 1 .399.400 1,13
FCP HMG GLOBETROTTER - BANCO SANTANDER S.A. 1.227.400 0,30 - - 1 .227.400 0,99
VINCI GAS DISCOVERY MASTER FUNDO DE INVESTIMENTO EM ACOES 1.102.800 0,27 - - 1 .102.800 0,89
DURIAN INVESTMENTS LLC 1.090.600 0,26 - - 1 .090.600 0,88
LONG BRASIL ACOES - FUNDO DE INVESTIMENTO 1.054.212 0,25 - - 1 .054.212 0,85
BCO REG DESENV EXTR SUL BRDE 1.033.457 0,25 826.766 0,29 2 06.691 0,17
POLLUX ACOES INSTITUCIONAL MASTER FUNDO DE INVEST DE ACOES 948.700 0,23 - - 9 48.700 0,76
VINCI GAS FUNDO DE INVESTIMENTO EM ACOES 918.000 0,22 - - 9 18.000 0,74
PREFEITURAS MUNICIPAIS (75) 2.339.005 0,56 - 2 .339.005 1,88
DEMAIS ACIONISTAS (822) 13.607.522 3,29 1.709 - 13.605.813 10,95
TOTAL 414.082.182 100,00 289.836.870 100,00 1 24.245.312 1 00,00
NOME DO ACIONISTA %
RELAÇÃO DOS MAIORES ACIONISTAS EM 31 DE AGOSTO DE 2012

     Objetivando o lucro, a sanepar notificou usuários de vários bairros da cidade de Curitiba, informando que estavam implantando rede de esgoto e que seria obrigatório a ligação ao sistema.

     Após a ligação, a sanepar passou a cobrar dos usuários 80% do valor apurado de água a título de tratamento de esgoto.

     Em dezembro de 2012 com a aprovação da assembléia legislativa do estado do Paraná, aprovou um aumento de 34% do preço da fatura, por proposta do governador do estado, vinculado ao grupo do ex-governador de origem israelense.

     Mesmo cobrando pelo serviço de tratamento de esgoto da cidade,  a empresa não possuia capacidade para dar conta da demanda da população, pois não realizou os investimentos necessários para a implantação de sistema de tratamento.

     Passando a descargar o produto coletado - esgoto - diretamente nos rios da cidade.

     Deste modo, cobrou por um serviço que jamais foi prestado, logo lesando a população paranaense, pois teria que devolver o valor arrecadado com juros e correção monetária.

     Os órgãos  ambientais federais apuraram a ilicitude, que somente chegou ao conhecimento público em decorrência da ofensa ao sistema nacional de gestão de recursos hídricos e sistema nacional de proteção ao meio ambiente, tornando-se ilícitos contra a união.

     Por conta dos organismos fiscalizatórios e legais estadual nada chegaria ao conhecimento público.

     Seriam de ordem de competência do ministério estadual apurar o ilícitos e demandar contra a companhia para em ação civil pública objetivando o ressarcimento da população. Nunca foi feito.

     Mesmo com existência de multas milionária, a empresa realizou lucro  contábil para o exercício de 2011, repassado aos acionistas 25% do valor apurado.

     Mesmo com a apuração dos crimes ambientais e o dano ao meio ambiente - que impõe ao poluidor o dever de recuperar o meio ambiente - o governo do estado assumiu a responsabilidade - no lugar da companhia - em descontaminar o meio ambiente, valendo-se da arrecadação tributária estadual.

     O mais interessante é que se trata de repasse de formar indireta, aos investidores daquela companhia, do dinheiro público, que transparece crime de  responsabilidade.

     Ou seja, os acionistas da empresa SANEPAR,  tornam-se indiretamente sócios da arrecadação tributária estadual.


       GRANDE GOLPE.





terça-feira, 2 de outubro de 2012

Textos para leitura e refexão

COMO OS "BANQUEIROS" ROUBAM E ESCRAVIZAM A POPULAÇÃO.
Tudo que produzimos e dispomos para nosso consumo é oriundo do fruto do trabalho e da inteligênia humana para dar utilidade e finalidade aos materiais disponíveis na natureza.

Qualquer produto da criação e do esforço humano possui basicamente o insumo material para sua produção e o esforço do trabalho para a transformação e colocação à disposição do consumidor.

No entanto, os "banqueiros" se apropriam da produção e pelo instrumento da especulação - usura = juros - aumentam o valor final do produto, quando não se enriquecem absurdamente com financiamentos para aquisição dos bens de consumo.

Toda riqueza de uma população de trabalhadores tem a sua origem no trabalho e no seu esforço, tal riqueza recebe a denominação de salário.

A riqueza dos "banqueiros" tem origem na exploração do trabalho alheio e na expelução sobre a atribuição de valores aos bens.

O "banqueiro" não utiliza recurso próprio para realizar os seus "empréstimos". Utiliza os recursos disponíveis dos saldos positivos existentes nas contas dos seus clientes, que por força da insegurança social são obrigados a entregar-lhes todo seu numerário em espécie.

Assim o saldo excedente de um cliente é vendido pelo "banqueiro" a outro cliente que dele precise.

Ocorre que do cliente do qual foi retirado o valor a ser "emprestado" não recebe qualquer remuneração por este empréstimo ou pelo seu saldo positivo em conta junto aos "banqueiros".

O adquirente do valor em espécie paga ao "banqueiro" o preço do ócio, ou seja, "juros" extorsivos pelo uso do crédito.

Assim, o "banqueiro" sem produzir um grão de feijão ou um parafuso sequer, contabiliza lucros exorbitantes ao final de um exercício financeiro. Lucros estes que superam em muito o lucro das empresas constituídas para produção e venda de bens.

Do outro lado o mesmo "banqueiro", na mesma operação também "financia" as empresas, que repassam o ágio cobrado ao preço final do produto.

Assim, em um exemplo bastante simplista, podemos citar a construção de um imóvel, onde o preço do metro quadrado é vinculado à quantidade do material de insumo utilizado, o trabalho requerido e a carga tributária paga ao país.

Em cálculo simplista podemos afirmar que custe o metro quadrado 500 unidades de moeda corrente. O mesmo metro quadrado é vendido a 3.000 unidades de moeda corrente, 1.500 unidade a título de especulação e 500 unidade a título de preço real.

O preço final de 3.000 unidades de moeda é "financiado" pelos "banqueiros" a um custo total de 9.000 unidade de moeda, das quais 6.000 correspondem ao preço do ócio, ou seja, mera agiotagem com o capital que não é próprio.

Assim, de 500 unidades de moeda de valor real, o adquirente paga 8.500 unidades de moeda a título de especulação financeira. Ou seja, é ROUBADO.

O pior é que muitas das vezes o salário - fruto do trabalho - nunca é suficiente para aquisição dos bens da vida, sendo necessário o parcelamento da dívida contraída para necessidades essenciais - moradia, transporte, vestuário -.

Deste modo o trabalhador entrega ao "banqueiro" parcela de sua vida - trabalho - para aquisição de bens.

No Brasil os crédito imobiliário estimulado pelo governo federal estabeleceu prazo de 30 anos para o pagamento da dívida contraída pelo trabalho para aquisição de bens imóveis.

Ocorre que tal dívida conforme demonstrado possui 1.500% de ágio em relação ao preço real.

Estes 1.500% de agiotagem correspondem ao sacrifício de 28 anos de vida do trabalhador para pagar a sua dívida.

Deste modo cria o trabalhador ESCRAVO de sua dívida e ESCRAVO dos "banqueiros.

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  • Como explicado anteriomente a água é exportada em forma de commodities e o preço destes é controlado pela bolsa de chicago, por banqueiros e especularadores internacionais.

    Então de um lado temos o produtor rural, que trabalha buscando o seu sustento e de sua família pela sua produção laborosa em extrair da terra o seu fruto. Do outro lado temos a produção comercializada em um mercado central - bolsa de chicago - onde são atribuídos valores - papéis - à produção agrícola e pecuária mundial.

    É forçoso concluir que tais papéis entram em um sistema que pode ser chamado de cassino especulativo, onde em operações de compra e venda pelo "preço do dia" pode levar a lucros absurdos, sem que se saia de uma cadeira de uma sala em wall street.

    Neste cassino, pouco importa o sofrimento e a miséria do produtor rural.

    Se do outro lado temos os especuladores, com compra e venda de mercadoria nos depósitos - estoques - ou mercadoria do chamado "mercado futuro", do outro lado temos os produtores rurais precionados pelos custos da produção e pela incerteza da resultado do seu trabalho.

    O ônus da incerteza é exclusivo do produtor, contudo todos os custos também correm por conta deste.

    Para dar uma noção do tal cassino especulativo, toda a produção do soja brasileiro foi vendido no chamado "mercado futuro". Ou seja, a colheita foi vendida antes mesmo de ser plantado, assim o produtor garantiria uma receita monetária para poder investir na sua produção, sofrendo menos interverência dos empréstimos dos "banqueiros".

    Com a venda de a produção, ocorreu o fenômeno da estiagem nos EUA - grande produtor da leguminosa - que arrasou a produção do commoditie - soja - no mercado americano. Deste modo a colheita recorde da safra brasileira já estava comercializada e o preço do papel do produto em estoque foi à estratosfera, gerando grande lucros aos operadores que investiram no tal mercado futuro.

    O problema é que para a indústria moageira do soja no Brasil - produtora de óleo de soja - não há mais soja disponível para moagem e produção, deste modo mesmo sendo o maior produtor mundial da leguminosa o Brasil terá que importar grãos em 2012 para abastecer o mercado interno.

    O mais irônico da coisa é que a importação se dará com produto em estoque no mercado interno.

    Como fica o produtor em relação à margem de lucro obtido pelo especulador? Dane-se...é o velho mercado "liberal" dos banqueiros ditandos as regras e centralizando as riquezas às coorporações.

    Mas dentro de uma realidade de uma cadeia de produção, na verdade é o produtor quem está em risco com a sua produção. É ele quem procura para produzir os meios econômicos e assume os riscos da produção em caso de quebra.

    O referido risco diz respeito à garantia dada para os chamados empréstimos para produção rural, e garantia é a própria terra do produtor. O empréstimo é necessário para a aquisição de insumos agrícolas ou pecuários.

    A produção e comercialização de tais insumos são dominados por corporações internacionais - basf, pioneer, monsanto, etc - que impõe o preço ao consumidor em condição de único fornecedor, sem sofrer os riscos da concorrência.

    Assim o empréstimo contraído pelo agricultor/pecuarista é repassado para o produtor de insumo agrícola, que por sua vez repassa aos agentes financeiras - "banqueiros" - para emprestar aos produtores. Nesta operação a usura e a agiotagem é o que prevalece.

    Desta forma, o agricultor/pecuarista é refém dos sistema dos "banqueiros" que nada perdem, somente tem a ganhar.

    Deste modo, que na verdade é dono da produção agrícola/pecuária não é o produtor, mas sim seu agente financeiro.

    E aquí está o grande roubo da água, embutida na produção rural. A riqueza dos países produtores é entregue aos grandes especuladores e agiotas internacionais.
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  • Sempre ouvi a história de que a crise do terceiro milênio seria em decorrência da água.

    Ficava imaginando os países em guerra atrás de um balde de água. Nunca entendi direito como seria essa história do controle sobre o bem mais precioso da humanidade.

    Acontece que, a questão diz respeito à forma como a água atua sobre a vida, principalmente no sistema celular. Na verdade toda célula viva armazena uma grande quantidade de água, é aquele padrãopara o ser humano onde 70% do peso é água.

    No reino vegetal não também não é diferente. Toda produção vegetal exige água, que será armazenada pelas células da produção vegetal. Sejam grãos, verduras, frutas. O mesmo vale para produção animal - leite, carne, couro, etc. -.

    Para a produção de alimentos destinado ao consumo humano, é essencial a existência da água. Assim precisamos de vários litros de água para a hidratação humana e também para que produza os alimentos necessários essencial à existência humana no planeta.

    Nos sistema de produção alimentar, a água entra pela via de dois processos, ou pela via natural da precipitação - CHUVA/NEVE - ou pela exploração dos lençóis freáticos.

    Para a produção dependente de chuvas, é importante que estas tenham seu ciclo bem definido e de forma abundante, aqui estamos falando em torno de 1.000 mm/ano de precipitação volumétrica, bem distribuída durante todos os meses do ano.

    O fator climático é preponderante para produção agrícola, sendo importante uma baixa amplitude térmica anual, sem excesso de calor ou frio.

    A exploração dos lenções freáticos - ou seja a água subterrânea - possui um ônus grave, pois existe a necessidade de um controle absoluto sobre a quantidade retirada de água do sub-solo, já que é importante que água retirada seja reposta em um ciclo não muito longo pelos sistemas de precipitação, senão o risco de exaurir o aqüífero e muito grande.

    Sobre a exploração agrícola sem a aplicação de uma técnica sustentável de extração da produção, também há os riscos de perda dos nutrientes e da desertificação do solo. Sobre o assunto é interessante averiguar o tema "tempestade negra" - dust bowl - fenômeno que assolou o middle west americano na década de trinta, causando sérios transtornos sociais e ambientais.

    Recentemente o referido middle west, também conhecido como corn bell e cotton bell, pela excelente média de produção agrícola, foi assolado por um crise na produção por conta da seca. Ocorre, que tal fenômeno estava controlado pela exploração do aqüífero americano. Ou seja, a produção daquela região dependia e depende da água subterrânea.

    Os países localizados entre os trópicos de capricórnio e câncer - Lat. 30º N e Lat. 30º - possuem uma estrutura privilegiada em relação à oferta natural de água em decorrência da precipitação pluviométrica e em decorrência do clima. Ou seja, são excelentes para exploração agrícola, desde que seja adotada meditas conservacionistas, em relação ao solo, para tal produção, levando à miséria um sem número de agricultores daquela região.

    O Brasil, pela sua extensão continental, possui grande parte do seu território em uma localização privilegiada, nos limites dos trópicos acima descrito. Possui uma precipitação volumétrica de chuvas anuais que atingem Tera-litros de água despejados em seu solo todo ano.

    De outro lado possui uma ramificação extensa de rios que banham todo seu território, ofertando em grande quantidade o precioso líquido.

    E ainda sequer foi tocado em seu aqüífero subterrâneo.

    Deste modo, não é de surpreender que seja o maior produtor agrícola do mundo na atualidade, fornecendo alimentos para todo o planeta.


    Aquí mora a questão sobre que é dono da produção e como a água é roubada de nosso país.


    Para esclarecer este ponto, é importante retornar um pouco na história, mas próximo há época das grandes navegações.

    A península Ibérica - Espanha e Portugal - receberam um grande afluxo de "banqueiros", que se instalaram na península, e com grande influência sobre os Reis de Espanha e Portugal, passaram a financiar expedições exploratórias pelo mundo afora, tudo com o objetivo de trazer riquezas e comercializá-las na Europa.

    Um negócio altamente lucrativo.

    Em meados do século XVI, sobre influência da inquisição católica, tais "banqueiros" foram expulsos da península, acabando por se instalar nos Países Baixos - hoje Holanda -.

    Neste época Portugal e Espanha possuíam várias colonias na África, Americas, Ásia e Oceania. Os "banqueiros" dos Países Baixos constituíram uma empresa chamada COMPANHIA DAS ÍNDIAS, passando a financiar o comércio embarcado das colônias Portuguesas e Espanhola para a Europa.

    No Brasil, instalaram-se colônias portuguesas nas chamadas Capitanias Hereditárias, decorrente do tratado de Tordesilhas. Tais colônias passaram a produzir melaço de cana de açúcar, ou açúcar mascavo. Produto que possuía grande valor econômico na Europa. Efetivamente valia o peso em ouro.

    A dita Companhia da Índias, estabeleceu um grande negócio, financiando o aprisionamento de negros africanos e levando-os como mão de obra escrava para a Colonia Portuguesa no Brasil, Caribe e estados Unidos. O negócio era trocar os negros por balas de melaço produzido nas Índias Ocidentais e outros produtos, para o comércio na Europa.

    O negócio era das "Índias", envolvendo cifras milionárias e pouco se importando com o estrago causado ao ser humano - até se propalando a idéia de que negro não possuía "alma", como elemento de justificação do aprisionamento e a imposição de condições sub humanas aos negros traficados às colônias -.

    O interessante é que os Chineses que realizaram o trabalho da construção da ferrovia que ligava o leste ao oeste americano, também recebiam esse tratamento: "sem alma".

    A tal companhia da índias tentou montar uma filial no Recife e em São Luis, sendo expulsos por Portugueses apoiados pelos índios. A colonia nas duas Capitais recebera então a tentativa de batismo de Reino da Holanda Ocidental. A qual, após a expulsão do solo brasileiro acabou sendo implantada no hoje chamado Suriname.

    Os "banqueiros" dos países baixos acabaram cruzando o oceano e se estabelecendo nos Estados Unidos, principalmente no Distrito de Manhathan, na cidade de Nova Iorque.


    Agora, vem a história do apropriação da água produzida pelos países agrícolas.



    Ocorre, que tais "banqueiros" passaram e controlar o comércio de produtos agrícolas, denominando-os de "commoditties". Então tudo que fosse oriundo da produção agrícola ou agropecuária, passou a se denominar "commoditties".

    Para controlar o comércio e sistema de compra e venda, estabeleceu-se "regras" e o preço das mercadorias que passaram a ser controlados pelos "banqueiros" na denominada "BOLSA DE CHICAGO", ou seja, tudo que é produzido em qualquer quebrada no mundo afora, recebe um preço estipulado pela tal "bolsa de Chicago".

    É o tal "laissez faire, laissez passer", o tal sistema liberal de mercado.

    Mas, na verdade nada mais é do quê um sistema de controle da produção agrícola mundial, deste modo é um mercado especulativo e quem ganha com o sistema não é o produtor - que sofre no campo para tirar a produção, correndo todos riscos e prejuízos com a perda da safra -, mas sim o atravessador e o especulador do mercado, ou seja os tais "banqueiros".

    De outro lado, mantém-se sempre o preço da produção controlados de modo a evitar o repasse de riqueza advinda da venda da produção aos países produtores, que de dada forma jamais passarão a ser mais do quê isto: meros produtores.

    Assim, mantém-se parte população mundial com fome e a outra parte escrava da produção sem auferir qualquer vantagem econômica pelo suor e exaurimento do seu trabalho. Ganhando apenas uma efêmera parte da população mundial.


    O ROUBO DA ÁGUA.

    Como expliquei no início, a água entra nos processos celulares e são armazenadas alí. Para produção de 1 kg de cereal são necessários 1.000 litros de água. O raciocínio é simples, para produzir 1t - uma tonelada - de grãos são necessários 1.000.000 - UM MILHÃO - de litros de água.

    Bem, deste modo a exportação agrícola de grãos, carnes, vegetais, frutas, verduras, nada mais são do quê a exportação de água de uma outra forma.

    Ou seja é um sistema de exportação de água, mas não in natura.

    Ocorre que tal água, que é uma riqueza dos países produtores, acabem sendo entregues aos especuladores de mercado, que nada mais estão fazendo do quê roubar a água dos países produtores.

    Isto tudo ocorre diariamente. Bilhões de pessoas na pobreza, para o enriquecimento de alguns.




    Link sobre a água:

    http://periodicos.unitau.br/ojs-2.2/index.php/exatas/article/viewFile/382/460