domingo, 26 de fevereiro de 2012

quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

Canudos não se rendeu...

http://youtu.be/auJQJ-lFg4k

A Procura


Cora Coralina (1889 – 1985) é autora goiana e em sua obra revelou fatos sensíveis de sua vida e da cultura nordestina, como se vê nas poesias de cordel. Leia um desses poemas.

A PROCURA – CORA CORALINA


Andei pelos caminhos da vida.
Caminhei pelas ruas do Destino-
procurando meu signo.
Bati na porta da Fortuna,
mandou dizer que não estava.
Bati na porta da Fama,
falou que não podia atender.
Procurei a casa da Felicidade,
a vizinha da frente me informou que
ela tinha se mudado
sem deixar novo endereço.
Procurei a morada da Fortaleza.
Ela me fez entrar: Deu-me veste nova,
perfumou meus cabelos...
fez-me beber de vinho.
Acertei o meu caminho.

  1. Tendo em vista o título do texto e esses versos, pode-se concluir que o “eu lírico” não se acomodou diante da vida. O que ele buscava?


  1. De acordo com os primeiro e segundo versos,de que modo o eu lírico agiu em sua busca? Justifique sua resposta.


  1. Como se percebe que, durante certo tempo, a vida foi-lhe adversa?


  1. Explique por que há substantivos simples e abstratos,com letra maiúscula, empregados no poema?


  1. Observe o emprego dos seguintes verbos no texto:”andei, caminhei, bati, procurei”. Que efeito eles acrescentam à ideia de busca?


  1. Em determinado momento da vida, o eu lírico finalmente cessou sua busca.

a) O que significa o fato de o eu lírico ter encontrado apenas “Fortaleza”, e ser rejeitado pela “Fortuna”, “Fama” e “ Felicidade”?

b) Que sentido aparece nos versos finais, em que a “Fortaleza” se mostra receptiva?

c)Esse sentimento de procura é comum em nós, seres humanos. O que você considera mais importante em sua vida, parasentir-se uma pessoa realizada?