terça-feira, 16 de julho de 2013

Crianças Palestinas usadas como escudo humano pelo exército de israel

SÁBADO, 22 DE JUNHO DE 2013

Israel tortura crianças palestinas e as usa como escudos humanos, afirma a ONU



O Comitê da ONU sobre os Direitos da Criança acusou nesta quinta-feira as forças israelenses de maltratar crianças palestinas — inclusive de torturar aquelas sob custódia, além de usar outras como escudos humanos.

Crianças palestinas na Faixa de Gaza e na Cisjordânia, capturadas por Israel na guerra de 1967, são rotineiramente proibidas de obter o registro de seu nascimento e tem negado o acesso a serviços de saúde, escolas decentes e água potável, disse o Comitê da ONU sobre os Direitos da Criança.
"Crianças palestinas detidas por militares e policiais [israelenses] são sistematicamente sujeitas a tratamento degradante, e muitas vezes a atos de tortura, são interrogados em hebraico, uma língua que não entendem, e assinam confissões em hebreu para serem liberadas", disse o comitê em um relatório.
O Ministério das Relações Exteriores de Israel negou as denúncias e atacou os membros da Comissão da ONU.
O relatório do Comitê das Nações Unidas sobre os Direitos da Criança reconheceu as preocupações de Israel com a segurança nacional e afirmou que as crianças de ambos os lados do conflito continuam a serem mortas e feridas, mas que há mais vítimas entre palestinos.


A maioria das crianças palestinas presas é acusada de atirar pedras, um crime que pode levar a uma pena de até 20 anos de prisão, disse o comitê.
Soldados israelenses testemunharam a natureza muitas vezes arbitrária das prisões, afirmou.
Os 18 observadores especialistas independentes analisaram os registros de Israel de acordo com um tratado de 1990, como parte de sua revisão regular de um pacto assinado por todos os países, com exceção da Somália e Estados Unidos. A delegação israelense compareceu à sessão.
O comitê da ONU lamentou a "recusa persistente" de Israel em responder aos pedidos de informação sobre as crianças nos territórios palestinos e nas Colinas de Golã ocupadas na Síria, desde a última revisão em 2002.
O governo do Estado artificial de Israel manipula e desobedece a ONU sistematicamente, há décadas, impunemente porque possui “carta branca” do governo dos EUA para praticar os crimes que desejar.

EDWAR SNOWDEN CHUTA O BALDE

EDWAR SNOWDEN CHUTA O BALDE



Der Spiegel, Alemanha

Em entrevista feita através de e-mails criptografados, Edward Snowden discute o poder da Agência de Segurança Nacional dos EUA [orig. NSA], como está “na cama com os alemães” e o vasto escopo da espionagem contra a Internet, conduzida por EUA e Grã-Bretanha.

Pouco antes de se tornar nome conhecido em todo o planeta como “vazador de segredos norte-americanos estratégicos”, Edward Snowden respondeu a uma longa lista de perguntas. Foram-lhe encaminhadas por Jacob Appelbaum, 30, desenvolvedor de encriptação e de sistemas de segurança de programas para computadores. Appelbaum dá treinamento a grupos internacionais de direitos humanos e jornalistas sobre como usar a Internet anonimamente, sem se deixar identificar.

Appelbaum tornou-se conhecido fora os círculos especializados quando falou em defesa de Julian Assange, fundador de WikiLeaks, numa conferência de hackers em New York em 2010. Com Assange e outros coautores, Appelbaum acaba de lançar uma coletânea de entrevistas, editadas em formato de livro, intitulado Cypherpunks: Freedom and the Future of the Internet [Cypherpunks: Liberdade e o futuro da Internet].

Appelbaum surgiu no radar das autoridades norte-americanas durante investigação sobre as revelações de WikiLeaks. Depois disso, distribuíram-se mandatos judiciais para as empresas Twitter, Google e Sonic, com ordem para que entregassem informações sobre as contas de Appelbaum nessas empresas. Mas Appelbaum descreve suas relações com WikiLeaks como “ambíguas”. Aqui explica como conseguiu fazer suas perguntas chegarem a Snowden.

“Em meados de maio, a cineasta documentarista Laura Poitras fez contato comigo”, conta Appelbaum. “Disse-me que estava em contato com uma possível fonte anônima dentro da Agência de Segurança Nacional dos EUA, que teria aceitado que ela o/a entrevistasse.”

“Ela estava trabalhando para construir suas perguntas e pensara que seria importante propor algumas perguntas técnicas, para verificar que tipo de fonte teria à sua frente. Um dos objetivos era determinar se sua fonte era, ou não, alguém disposto a revelar informações qualificadas com vistas a informar a opinião pública – o que se define comowhistleblower. Pessoalmente, me preocupava o risco de alguma armadilha armada pelo Programa de Contrainteligência [orig. Counter Intelligence Program, COINTELPRO]. Enviamos nossas perguntas protegidas por criptografia eficiente para nossa fonte. Eu jamais ouvira falar de Edward Snowden, antes de que ele se autorrevelasse ao mundo em Hong Kong. E ele tampouco sabia quem era eu. Minha expectativa era que, quando se removesse o anonimato, encontraríamos um senhor com seus 60 anos, por aí.”

“As perguntas abaixo são excertos de entrevista maior, que cobriu vários tópicos, muitos dos quais altamente técnicos. Algumas das perguntas fora reordenadas, para garantir o contexto necessário. As perguntas focam quase exclusivamente as capacidades e atividades da Agência de Segurança Nacional dos EUA. É indispensável entender que essas perguntas não foram propostas em contexo reativo aos eventos das últimas semanas ou meses. Foram propostas em período de relativa calmaria, quando Snowden parecia estar curtindo seus últimos dias numa paraíso havaiano – paraíso que ele abandonou para que todos no planeta possam entender a atual situação como ele a compreende.”


“Em momento posterior, tive também contato direto com Edward Snowden, quando lhe revelei minha identidade. Nesse momento, ele manifestou desejo de ter seus sentimentos e observações publicadas, quando me parecesse chegada a hora certa.”

NOTA DO EDITOR: O que segue são enxertos da versão original em inglês, da entrevista. Possíveis diferenças de linguagem entre as versões em alemão e em inglês explicam-se pelo fato de que preservamos o mais possível os termos técnicos usados por Snowden em sua transcrição. Explicações sobre alguns dos termos usados por Snowden, e notas de edição, aparecem em notas de rodapé.

Entrevistador: Qual a missão da Agência de Segurança Nacional [National Security Agency (NSA)] dos EUA – e como o trabalho que faz pode ser considerado legal?

Snowden: A tarefa deles é saber tudo de importância que acontece fora dos EUA. É desafio significativo. Quando é feito para parecer que não saber tudo sobre alguém é crise existencial, você sente que agredir a lei é OK. Se as pessoas odeiam você por seguir as regras, quebrá-las torna-se questão de sobrevivência.

Entrevistador: Há autoridades alemãs ou políticos alemães envolvidos no sistema de vigilância da NSA?

Snowden: Há, claro. Estamos na cama com os alemães e com a maioria dos países ocidentais. Por exemplo, nós os notificamos quando alguém que queremos voa pelos aeroportos deles (o que descobrimos, por exemplo, do telefone celular da namorada de um hacker suspeito, num terceiro país absolutamente sem qualquer relação – e eles nos entregam os procurados. Eles4 não nos perguntam nada nem pedem que expliquemos como sabemos de alguma coisa, e vice versa, para isolar seus líderes políticos, de modo a não se poder dizer que sabiam que violavam a privacidade global.

Entrevistador: Mas se detalhes do sistema são agora expostos, quem será acusado?

Snowden: Em tribunais dos EUA? Você não está falando sério! Uma investigação descobriu especificamente quem autorizou a escuta clandestina de milhões de comunicações, sentença que, tudo somado, seria a mais longa da história do mundo, e nosso funcionário mais alto simplesmente mandou que a investigação fosse suspensa. Quem “pode “ ser acusado dos crimes é imaterial, quando não se respeita a lei. Leis existem para você, não para eles.

Entrevistador: A NSA trabalha em parceria com outras nações, como Israel?

Snowden: Sim. Todo o tempo. A NSA tem um corpo massivo responsável por isso, o FAD, o Foreign Affairs Directorate [Diretorado de Assuntos Estrangeiros].

Entrevistador: A NSA ajudou a criar o Stuxnet? (Stuxnet é um vírus de computador que foi usado contra o programa nuclear iraniano.)

Snowden: NSA e Israel co-escreveram o programa do vírus.

Entrevistador: Quais os grandes programas de vigilância ativos hoje e como os parceiros internacionais ajudam a Agência de Segurança Nacional dos EUA, NSA?

Snowden: Em alguns casos, os chamados “Cinco Olhos Parceiros” [orig. Five Eye Partners] vão além do que a própria NSA faz. Por exemplo, o Quartel-general de Comunicações do Reino Unido [orig. UK's General Communications Headquarters (GCHQ)] tem um sistema chamado TEMPORA. TEMPORA são os sinais que a comunidade de inteligência recebe primeiro [orig. first "full-take" Internet buffer], tudo, sem considerar tipo de conteúdo e dando atenção apenas marginal à Lei dos Direitos Humanos. Recolhe tudo, num rolling buffer para permitir investigação retroativa sem perder um bit. Atualmente, o buffer pode armazenar três dias de tráfego, mas está sendo aumentado. Três dias pode parecer pouco, mas lembre que não são metadados. “Full-take” significa que não perde nada e ingere completamente toda a capacidade de cada circuito. Se você manda um simples pacote ICMP e ele passa pelo Reino Unido, nós o pegamos. Se você baixa algo e a CDN (Content Delivery Network / Rede de Entrega de Conteúdo) por acaso tiver servidor que sai do Reino Unido, nós o pegamos. Se o relatório médico de sua filha doente for processado num call center em Londres... Bom, você já entendeu.

Entrevistador: Há meio para escapar disso?

Snowden: Como regra geral, se você tiver escolha, não deve jamais route pelo Reino Unido ou peer com o Reino Unido, em nenhum caso. Suas fibras são radiativas e até os telefonemas da Rainha para o rapaz que cuida da piscina estão logados.

Entrevistador: A Agência de Segurança Nacional e parceiros pelo mundo capturam coleções de dados de telefone, texto e dados?

Snowden: Sim, mas o quanto conseguem depende da capacidade de cada site individual de coleta – i.e., alguns circuitos tem fat pipes mas sistemas de coleta pequenos, então eles têm de ser seletivos. É problema mais para sites de coleta em outras partes do mundo, do que para os domésticos, e é o que faz as coleções domésticas tão aterrorizantes. A Agência de Segurança Nacional dos EUA não é limitada por poder, espaço nem por problemas de resfriamento das máquinas.

Entrevistador: A Agência de Segurança Nacional está construindo um prédio gigante, para um novo centro de dados em Utah. Para quê?

Snowden: Repositório massivo de dados.

Entrevistador: Os dados coletados estão sendo armazenados para durar quanto tempo?

Snowden: Atualmente, as coleções full-take envelhecem muito depressa (poucos dias), por causa do tamanho, a menos que um analista tenha de trabalhar [orig. has "tasked"] um alvo ou comunicação, caso em que as comunicações ‘selecionadas’ são armazenadas “para toda a eternidade”, independente de política, porque sempre pode haver ali alguma pista. Os metadata também envelhecem, mas menos rapidamente. A Agência quer chegar ao ponto em que pelo menos todos os metadados sejam armazenados para sempre. Em muitos casos os metadados valem mais que o conteúdo, porque você pode recapturar o conteúdo a partir dos metadados ou, se não, pode simplesmente ‘marcar’ todas as comunicações futuras que interessem à coleção permanente, uma vez que os metadados contam que parte do fluxo de dados você realmente quer.

Entrevistador: Há empresas privadas que colaboram com a Agência de Segurança Nacional dos EUA?

Snowden: Há. Mas nada mais difícil do que provar qualquer coisa nesse campo, porque a Agência de Segurança Nacional considera a identidade dos colaboradores privados detelecom como as joias da coroa de onisciência deles. Como regra geral, multinacionais com sede nos EUA não merecem nenhuma confiança, a menos que provem merecer. É triste, porque têm capacidade para oferecer os serviços melhores e mais confiávis do mundo, se realmente quisessem fazê-lo. Para facilitar isso, as organizações de liberdades civis devem usar essas revelações para forçá-los aquelas empresas a atualizar seus contratos e incluir cláusulas obrigatórias em que declarem que não espionam seus consumidores. E as empresas têm de implementar mudanças técnicas. Se as organizações de liberdades civis conseguirem que uma empresa entre no jogo delas, mudarão para sempre a segurança das comunicações globais. E se não conseguirem, boa ideia seria criar a única empresa que venda e entregue a garantia de que os seus consumidores não serão espionados.

Entrevistador: Há empresas que se recusam a cooperar com a Agência de Segurança Nacional dos EUA?

Snowden: Há, mas não sei de nenhuma lista delas. Essa categoria crescerá muito se os colaboradores forem punidos pelos consumidores no mercado, o que deve ser considerada Prioridade Um, para todos que creiam na liberdade de pensamento.

Entrevistador: Que páginas não se deve visitar, se alguém não quiser virar alvo da Agência de Segurança Nacional dos EUA?

Snowden: Normalmente, você pode virar alvo específico a partir, por exemplo, do que poste no Facebook ou do que escreva em e-mails. Que eu saiba, a única coisa que garante que você não seja espionado é frequentar fóruns de jihadistas.

Entrevistador: O que acontece depois que a Agência de Segurança Nacional define um usuário como “alvo”?

Snowden: Ele vira ‘propriedade’ da Agência. Um analista fará um relatório por dia (ou noutra escala, baseada no sumário da exfiltração) sobre o que mudou no sistema, com os dados que não tenham sido compreendidos pelos leitores automáticos, os PCAPS etc. Nesse ponto, cada analista pode fazer o que achar melhor – a máquina do usuário-alvo já não pertence a ele: pertence ao governo dos EUA.

Tradução: Vila Vudu

CASO BOOZ-ALLEN e a PRIVATARIA TUCANA

O Caso abaixo está longe de passar por uma idéia de teoria conspirativa, mas sim diz respeito a todo o esquema montado pelo governo PSDB na presidência da República Brasileira nos dois mandatos do então presidente FHC.

Diz respeito ao PDV - plano de demissão voluntária - que envolveu funcionários do Banco do Brasil, a venda do grupo Bamerindus para o HSCB - traindo o então Ministro da presidência José Eduardo Vieira -, a venda  do sistema de telefonia. O controle acionária das empresas de luz e água, com repasse de lucros contábeis fictícios aos "acionistas" - pesquisar relação - e o controle sobre a população brasileira pelos sistema de controle de massa e pensamento. Vale a pena conferir.



CARTA MAIOR: CONSULTORIA DE SNOWDEN ERA BRAÇO-DIREITO DE FHC


Publicação de esquerda afirma que no governo tucano, a Booz-Allen, na qual trabalhava o espião Edward Snowden, foi responsável por consultorias estratégicas contratadas pela esfera federal. ‘Incluem-se aí o "Brasil em Ação" (primeiro governo FHC) e o "Avança Brasil" (segundo governo FHC), entre outras, como as dos programas de privatização (saneamento foi uma delas) e a da reestruturação do sistema financeiro nacional’
12 DE JULHO DE 2013 ÀS 06:08
247 – A publicação de esquerda Carta Maior afirma que o governo de FHC usou os serviços da Booz-Allen, na qual trabalhava o espião Edward Snowden, para consultorias estratégicas em esfera federal. Leia:
Empresa do espião Snowden foi consultora-mor do governo FHC
No governo de Fernando Henrique Cardoso, a Booz-Allen, na qual trabalhava o espião Edward Snowden, foi responsável por consultorias estratégicas contratadas pela esfera federal. Incluem-se aí o "Brasil em Ação" (primeiro governo FHC) e o "Avança Brasil" (segundo governo FHC), entre outras, como as dos programas de privatização (saneamento foi uma delas) e a da reestruturação do sistema financeiro nacional.
A rápida reação do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso às denúncias de que os EUA mantiveram uma base de espionagem no país, durante o seu governo, suscita interrogações e recomenda providências.
Dificilmente elas serão contempladas sem uma decisão soberana do Legislativo brasileiro, para instalação de uma CPI que vasculhe o socavão de sigilo e dissimulação no qual o assunto pode morrer.
Entre as inúmeras qualidades do ex-presidente, uma não é o amor à soberania nacional.
Avulta, assim, a marca defensiva da nota emitida por ele no Facebook, dia 8, horas depois de o jornal "O Globo" ter divulgado que, pelo menos até 2002, Brasília sediou uma das estações de espionagem nas quais funcionários da NSA e agentes da CIA trabalharam em conjunto.
‘Nunca soube de espionagem da CIA em meu governo, mesmo porque só poderia saber se ela fosse feita com o conhecimento do próprio governo, o que não foi o caso. De outro modo, se atividades deste tipo existiram, foram feitas, como em toda espionagem, à margem da lei. Cabe ao governo brasileiro, apurada a denúncia, protestar formalmente pela invasão de soberania e impedir que a violação de direitos ocorra...”, defendeu-se Fernando Henrique.
O jornal afirma ter tido acesso a documentos da NSA, vazados pelo ex-agente Edward Snowden, que trabalhou como especialista em informática para a CIA durante quatro anos, nos quais fica evidenciado que a capital federal integrava um pool formado por 16 bases da espionagem para coleta de dados de uma rede mundial.
Outro conjunto de documentos, segundo o mesmo jornal, com data mais recente (setembro de 2010), traria indícios de que a embaixada brasileira em Washington e a missão do país junto às Nações Unidas, em Nova York, teriam sido grampeadas em algum momento.
Espionagem e grampos não constituíram propriamente um ponto fora da curva na gestão do ex-presidente.
Durante a privatização do sistema Telebrás, grampos no BNDES flagraram conversas de Luiz Carlos Mendonça de Barros, então ministro das Comunicações, e André Lara Resende, então presidente do BNDES, articulando o apoio da Previ para beneficiar o consórcio do banco Opportunity – que tinha como um dos donos o economista Pérsio Arida, amigo de Mendonça de Barros e de Lara Resende.
O próprio FHC foi gravado , autorizando o uso de seu nome para pressionar o fundo de pensão dos funcionários do Banco do Brasil.
Em outro emaranhado de fios, em 1997, gravações revelaram que os deputados Ronivon Santiago e João Maia, do PFL do Acre, ganharam R$ 200 mil para votar a favor da emenda da reeleição, que permitiria o segundo mandato a FHC.
Então, como agora, o tucano assegurou que desconhecia totalmente o caso, que ficou conhecido como ‘a compra da reeleição’.
As sombras do passado e as do presente recomendam a instalação de uma CPI como a medida cautelar mais adequada para enfrentar o jogo pesado de interesses que tentará blindar o acesso do país ao que existe do lado de dentro da porta entreaberta pelo espião Snowden.
O PT tem a obrigação de tomar a iniciativa de convoca-la.
Mas, sobretudo, o PSDB deveria manifestar integral interesse em sua instalação.
Soaria no mínimo estranho se não o fizesse diante daquilo que o ex-presidente Fernando Henrique definiu como exclamativa ilegalidade: “Se atividades deste tipo existiram, foram feitas, como em toda espionagem, à margem da lei...”
O Congresso não pode tergiversar diante do incontornável: uma base de espionagem da CIA operou em território brasileiro pelo menos até 2002.
A sociedade tem direito de saber o que ela monitorou e com que objetivos.
Há outras perguntas de vivo interesse nacional que reclamam uma resposta.
O pool de espionagem apenas coletou dados no país ou se desdobrou em processar, manipular e distribuir informações, reais ou falsas, cuja divulgação obedecia a interesses que não os da soberania nacional?
Fez o que fez de forma totalmente clandestina e ilegal? Ou teve o apoio interno de braços privados ou oficiais, ou mesmo de autoridades avulsas?
Quem, a não ser uma Comissão Parlamentar, teria acesso e autoridade para responder a essas indagações de evidente relevância política nos dias que correm?
Toda a mídia progressista deveria contribuir para as investigações dessa natureza, de interesse suprapartidário, com a qual o Congresso daria uma satisfação ao país depois da lenta e hesitante reação inicial do Planalto e do Itamaraty, cobrada até por FHC.
Por exemplo: o repórter Geneton Moraes Neto acaba de publica no G1 (um site do sistema Globo) um relato com o seguinte título: "O dia em que o ministro Fernando Henrique Cardoso descobriu o que é “espionagem”: secretário de Estado americano sabia mais sobre segredo militar brasileiro do que ele" (http://g1.globo.com/platb/geneton/).
A reportagem, que vale a pena ler, remete a uma entrevista anterior, na qual FHC comenta seu desconhecimento sobre informações sigilosas do país dominadas por um graduado integrante do governo norte-americano.
O tucano manifesta naturalidade desconcertante diante do descabido.
A mesma naturalidade com a qual comenta agora seu esférico desconhecimento em relação às operações da CIA durante o seu governo.
Ter sido o último a saber, no caso citado por Geneton, talvez seja menos grave do que não procurar, a partir de agora, informar-se sobre certas coincidências, digamos por enquanto assim.
Há questões que gritam por elucidação.
A empresa que coordenava o trabalho de grampos da CIA, a Booz-Allen, na qual trabalhava Snowden, é uma das grandes empresas de consultoria mundial.
No governo FHC, ela foi responsável por consultorias estratégicas contratadas pela esfera federal.
Inclua-se aí desde o "Brasil em Ação" (primeiro governo FHC) até o "Avança Brasil" (segundo governo FHC) e outras, como as dos programas de privatização (saneamento foi uma delas) e a da reestruturação do sistema financeiro nacional.
Todos os trabalhos financiados pelo BNDES. Alguns exemplos:
- Caracterização dos Eixos Nacionais de Desenvolvimento. Programa Brasil em Ação. BNDES. Consórcio FIPE/BOOZ-ALLEN. 1998;
- Alternativas para a Reorientação Estratégica do Conjunto das Instituições Financeiras Públicas Federais.
- Relatório Saneamento Básico e Transporte Urbano. Consórcio FIPE/BOOZ-ALLEN & Hamilton. BNDES/Ministério da Fazenda. São Paulo. 2000
Vale repetir: a mesma empresa guarda-chuva do sistema de espionagem que operou no Brasil até 2002, a Booz Allen, foi a mentora intelectual de uma série de estudos e pareceres, contratados pelo governo do PSDB, para abastecer uma estratégia de alinhamento (‘carnal’, diria Menen) do Brasil com a economia dos EUA.

Mais detalhes desse ‘impulso interativo’ podem ser obtidos aqui.

Booz-Allen: Interesses na América Latina - contratada no governo FHC

Onde há governo de Estado vinculado a Fernando Henrique Cardoso, ainda existe a atuação da Booz-Allen atacando os interesses da população local em detrimento aos interesses de fundos de investimentos internacionais - ver  COPEL, SANEPAR, BANESTADO.

Contratada no governo FHC, Booz-Allen já operava como gabinete paralelo da comunidade da informação dos EUA

No portfólio da Booz-Allen, estão algumas das áreas em que a empresa atuou e que, a partir de agora, dadas as acusações de espionagem, estão sob suspeita. As "reformas governamentais" dos anos 1990 aparecem em destaque. A empresa orientou a reforma do sistema eleitoral do México e a privatização de empresas em diferentes países, incluindo os setores de bancos, energia, siderurgia e telecomunicações no Brasil.

  • A porta giratória entre as grandes corporações e o governo norte-americano reflete a eficiente sinergia entre o Estado e o mercado, no capitalismo mais poderoso do planeta. 

Cargos estratégicos na administração pública são regularmente ocupados por altos executivos e presidentes de gigantescos complexos industriais ou instituições financeiras dos EUA.

Atividades teoricamente específicas da esfera estatal são terceirizadas com absoluta desenvoltura para engordar negócios privados. Desde a guerra, até operações de segurança e espionagem transformam-se em canais de sucção de fundos públicos para a contabilidade privada.

É nessa dissipação de fronteiras e de recursos que se viabiliza a balela do Estado mínimo, maximizado em lucros privados.

Nesse intercurso de dinheiro, poder e influencia emerge o nome da Booz-Allen, velha parceira do Departamento de Estado na área de espionagem e consultoria.

Desde os anos 40, no entorno da Segunda Guerra, o grupo trabalha em estreita colaboração com o complexo militar norte-americano.

A ponto de ser reconhecida como uma espécie de gabinete paralelo da comunidade de inteligência dos EUA.

A condição de braço do Estado e dos interesses norte-americanos, portanto, é um traço constitutivo na história da Booz-Allen, do qual o governo Fernando Henrique não poderia alegar desconhecimento, quando enganchou estrategicamente o interesse público brasileiro à empresa.

A Booz-Allen nasceu em 1914, em Chicago, tornando-se rapidamente uma das gigantes do setor de consultoria.

Como muitas das grandes corporações dos EUA, engatou seus lucros ao suculento orçamento do Estado, a partir da Guerra.

O livro "Spies for Hire: The Secret World of Intelligence Outsourcing" ("Espiões de aluguel: o mundo secreto da terceirização do serviço de inteligência", New York: Simon and Schuster, 2009), de Tim Shorrock, Dick Hill, dedica um capítulo inteiro à Booz-Allen. Dá detalhes de como a empresa engendrou seu trabalho de consultoria nas teias da comunidade de informação dos EUA.

O livro relata que, em 1998, uma funcionária de carreira do serviço secreto, ao assumir uma diretoria da CIA, já considerava a Booz-Allen uma verdadeira extensão da comunidade de inteligência norte-americana.

Segundo Dempsey, em uma declaração pública registrada e divulgada por revistas especializadas em assuntos de defesa, era mais fácil encontrar ex-secretários e diretores do sistema nacional de inteligência americana na Booz-Allen do que em reuniões do governo.

Em 2005, comprovando o fundamento de suas afirmações, ela se tornaria vice-presidente da Booz-Allen, que já contabilizava 18.000 profissionais (é assim que a turma supostamente defensora do Estado mínimo esconde o real tamanho de seu Estado gigante) e US$3,7 bilhões anuais de faturamento. Em 2012 esse faturamento havia saltado para US$ 5,76 bilhões (mais de R$ 12 bilhões). O número de funcionários passava de 25 mil pessoas (agentes?) espalhados pelos quatro cantos do planeta.

Metade-metade
Ainda segundo o livro de Shorrock e Hill, pelo menos 50% dos negócios da Booz-Allen são financiados pelo governo dos EUA.

Os outros 50% são contratos de consultoria com grandes empresas do setor privado, nas áreas de energia ao setor químico, passando por bens de consumo.

Uma de suas especialidades é auxiliar a influenciar governos e órgãos públicos de outros países a seguir políticas que representem oportunidades de negócio para grandes corporações e fundos de investimento norte-americanos.

Um dos eixos mais lucrativos, como ela própria explicita em seus relatórios, tem sido o dos programas de privatizações.

Foi esse o principal alicerce de penetração da versátil corporação no Brasil durante o governo FHC.

As relações entre a Booz-Allen e o Departamento de Defesa, que já eram estreitas de longa data, tornaram-se ainda mais explícitas e se aprofundaram na presidência de George W. Bush.

A partir de então, a empresa se envolveu nas atividades mais sensíveis da inteligência dos EUA e do Pentágono.

Mais que isso, encabeçou os projetos mais importantes do Departamento de Defesa após os ataques de 11 de setembro.

Esse foi o gatilho para a montagem do megaesquema de espionagem denunciado por Edward Snowden.

Bush e seu vice-presidente, o todo-poderoso Dick Cheney, passaram um recado claro ao Departamento de Defesa: as corporações privadas, coordenadas pelas consultorias da Booz-Allen, estavam avalizadas na condição de gerentes do sistema de inteligência norte-americana.

Os profissionais da Booz-Allen, notoriamente conhecidos como mais do que simples consultores, foram chancelados internamente como atores-chave do alto escalão da comunidade de inteligência.

O que já era um gabinete paralelo tornou-se unha e carne da comunidade de informação.

Nosso homem na Casa Branca
Figura central desse relacionamento íntimo foi Mike McConnell. Depois de se aposentar na Marinha dos Estados Unidos, McConnell tornou-se vice-diretor da Booz-Allen na área que a empresa chama de "cyber business":http://www.boozallen.com/about/leadership/executive-leadership/McConnell

Em 2007, tornou-se nada mais, nada menos do que o vice-diretor do Departamento Nacional de Inteligência (DNI), administrando um time de 100 mil profissionais (agentes secretos, arapongas, informantes, analistas de informação) e 47 bilhões de dólares (pelo menos a parte contabilizada).

Na apresentação de seu currículo, a Booz-Allen se vangloriava de tê-lo como um líder no governo, responsável pela interlocução do gabinete presidencial na Casa Branca com o Congresso, líderes internacionais e a "comunidade de negócios" dos EUA. Em 2009, na presidência Obama, ele retornou à Booz-Allen.

Unindo o útil ao agradável
No portfólio da Booz-Allen, estão algumas das áreas em que a empresa atuou e que, a partir de agora, dadas as acusações de espionagem ampla, geral e irrestrita, estão sob suspeita. Veja:

http://www.booz.com/br/home/who-we-are/42544269

As "reformas governamentais" dos anos 1990 aparecem em destaque.

A empresa ainda orientou a reforma do sistema eleitoral do México e a privatização de empresas em diferentes áreas de atuação e países: bancos, no Brasil e no México; energia (além do Brasil, Argentina, Peru e Bolívia), ferrovias (na Argentina), petroquímica (Brasil), portos (México e Venezuela), siderurgia (Argentina e Brasil) e telecomunicações (Brasil, México e Uruguai).

Esses setores, como a maioria se lembra, não foram considerados mais como polos estratégicos para o desenvolvimento e o Estado nacional – termo em desuso no ciclo tucano, tratado com derrisão pelos seus teóricos e operadores.

Algo semelhante ocorreria nas demais presidências neoliberais que infestaram os governos latino-americanos.

Estratégicos, porém, eles se tornariam para os interesses norte-americanos, conforme as recomendações de seu braço de informação e dublê de consultoria.

Para os EUA, foi uma ação orquestrada de inteligência. Para a América Latina, foi um exemplo da imensa estupidez da sapiência neoliberal que deixou cicatrizes profundas e, como se vê agora, abriu flancos estratégicos no aparato público das nações.

Contratada no governo FHC, Booz-Allen já operava como gabinete paralelo da comunidade da informação dos EUA

Contratada no governo FHC, Booz-Allen já operava como gabinete paralelo da comunidade da informação dos EUA

No portfólio da Booz-Allen, estão algumas das áreas em que a empresa atuou e que, a partir de agora, dadas as acusações de espionagem, estão sob suspeita. As "reformas governamentais" dos anos 1990 aparecem em destaque. A empresa orientou a reforma do sistema eleitoral do México e a privatização de empresas em diferentes países, incluindo os setores de bancos, energia, siderurgia e telecomunicações no Brasil.

A porta giratória entre as grandes corporações e o governo norte-americano reflete a eficiente sinergia entre o Estado e o mercado, no capitalismo mais poderoso do planeta.

Cargos estratégicos na administração pública são regularmente ocupados por altos executivos e presidentes de gigantescos complexos industriais ou instituições financeiras dos EUA.

Atividades teoricamente específicas da esfera estatal são terceirizadas com absoluta desenvoltura para engordar negócios privados. Desde a guerra, até operações de segurança e espionagem transformam-se em canais de sucção de fundos públicos para a contabilidade privada.

É nessa dissipação de fronteiras e de recursos que se viabiliza a balela do Estado mínimo, maximizado em lucros privados.

Nesse intercurso de dinheiro, poder e influencia emerge o nome da Booz-Allen, velha parceira do Departamento de Estado na área de espionagem e consultoria.

Desde os anos 40, no entorno da Segunda Guerra, o grupo trabalha em estreita colaboração com o complexo militar norte-americano.

A ponto de ser reconhecida como uma espécie de gabinete paralelo da comunidade de inteligência dos EUA.

A condição de braço do Estado e dos interesses norte-americanos, portanto, é um traço constitutivo na história da Booz-Allen, do qual o governo Fernando Henrique não poderia alegar desconhecimento, quando enganchou estrategicamente o interesse público brasileiro à empresa.

A Booz-Allen nasceu em 1914, em Chicago, tornando-se rapidamente uma das gigantes do setor de consultoria.

Como muitas das grandes corporações dos EUA, engatou seus lucros ao suculento orçamento do Estado, a partir da Guerra.

O livro "Spies for Hire: The Secret World of Intelligence Outsourcing" ("Espiões de aluguel: o mundo secreto da terceirização do serviço de inteligência", New York: Simon and Schuster, 2009), de Tim Shorrock, Dick Hill, dedica um capítulo inteiro à Booz-Allen. Dá detalhes de como a empresa engendrou seu trabalho de consultoria nas teias da comunidade de informação dos EUA.

O livro relata que, em 1998, uma funcionária de carreira do serviço secreto, ao assumir uma diretoria da CIA, já considerava a Booz-Allen uma verdadeira extensão da comunidade de inteligência norte-americana.

Segundo Dempsey, em uma declaração pública registrada e divulgada por revistas especializadas em assuntos de defesa, era mais fácil encontrar ex-secretários e diretores do sistema nacional de inteligência americana na Booz-Allen do que em reuniões do governo.

Em 2005, comprovando o fundamento de suas afirmações, ela se tornaria vice-presidente da Booz-Allen, que já contabilizava 18.000 profissionais (é assim que a turma supostamente defensora do Estado mínimo esconde o real tamanho de seu Estado gigante) e US$3,7 bilhões anuais de faturamento. Em 2012 esse faturamento havia saltado para US$ 5,76 bilhões (mais de R$ 12 bilhões). O número de funcionários passava de 25 mil pessoas (agentes?) espalhados pelos quatro cantos do planeta.

Metade-metade
Ainda segundo o livro de Shorrock e Hill, pelo menos 50% dos negócios da Booz-Allen são financiados pelo governo dos EUA.

Os outros 50% são contratos de consultoria com grandes empresas do setor privado, nas áreas de energia ao setor químico, passando por bens de consumo.

Uma de suas especialidades é auxiliar a influenciar governos e órgãos públicos de outros países a seguir políticas que representem oportunidades de negócio para grandes corporações e fundos de investimento norte-americanos.

Um dos eixos mais lucrativos, como ela própria explicita em seus relatórios, tem sido o dos programas de privatizações.

Foi esse o principal alicerce de penetração da versátil corporação no Brasil durante o governo FHC.

As relações entre a Booz-Allen e o Departamento de Defesa, que já eram estreitas de longa data, tornaram-se ainda mais explícitas e se aprofundaram na presidência de George W. Bush.

A partir de então, a empresa se envolveu nas atividades mais sensíveis da inteligência dos EUA e do Pentágono.

Mais que isso, encabeçou os projetos mais importantes do Departamento de Defesa após os ataques de 11 de setembro.

Esse foi o gatilho para a montagem do megaesquema de espionagem denunciado por Edward Snowden.

Bush e seu vice-presidente, o todo-poderoso Dick Cheney, passaram um recado claro ao Departamento de Defesa: as corporações privadas, coordenadas pelas consultorias da Booz-Allen, estavam avalizadas na condição de gerentes do sistema de inteligência norte-americana.

Os profissionais da Booz-Allen, notoriamente conhecidos como mais do que simples consultores, foram chancelados internamente como atores-chave do alto escalão da comunidade de inteligência.

O que já era um gabinete paralelo tornou-se unha e carne da comunidade de informação.

Nosso homem na Casa Branca
Figura central desse relacionamento íntimo foi Mike McConnell. Depois de se aposentar na Marinha dos Estados Unidos, McConnell tornou-se vice-diretor da Booz-Allen na área que a empresa chama de "cyber business":http://www.boozallen.com/about/leadership/executive-leadership/McConnell

Em 2007, tornou-se nada mais, nada menos do que o vice-diretor do Departamento Nacional de Inteligência (DNI), administrando um time de 100 mil profissionais (agentes secretos, arapongas, informantes, analistas de informação) e 47 bilhões de dólares (pelo menos a parte contabilizada).

Na apresentação de seu currículo, a Booz-Allen se vangloriava de tê-lo como um líder no governo, responsável pela interlocução do gabinete presidencial na Casa Branca com o Congresso, líderes internacionais e a "comunidade de negócios" dos EUA. Em 2009, na presidência Obama, ele retornou à Booz-Allen.

Unindo o útil ao agradável
No portfólio da Booz-Allen, estão algumas das áreas em que a empresa atuou e que, a partir de agora, dadas as acusações de espionagem ampla, geral e irrestrita, estão sob suspeita. Veja:

http://www.booz.com/br/home/who-we-are/42544269

As "reformas governamentais" dos anos 1990 aparecem em destaque.

A empresa ainda orientou a reforma do sistema eleitoral do México e a privatização de empresas em diferentes áreas de atuação e países: bancos, no Brasil e no México; energia (além do Brasil, Argentina, Peru e Bolívia), ferrovias (na Argentina), petroquímica (Brasil), portos (México e Venezuela), siderurgia (Argentina e Brasil) e telecomunicações (Brasil, México e Uruguai).

Esses setores, como a maioria se lembra, não foram considerados mais como polos estratégicos para o desenvolvimento e o Estado nacional – termo em desuso no ciclo tucano, tratado com derrisão pelos seus teóricos e operadores.

Algo semelhante ocorreria nas demais presidências neoliberais que infestaram os governos latino-americanos.

Estratégicos, porém, eles se tornariam para os interesses norte-americanos, conforme as recomendações de seu braço de informação e dublê de consultoria.

Para os EUA, foi uma ação orquestrada de inteligência. Para a América Latina, foi um exemplo da imensa estupidez da sapiência neoliberal que deixou cicatrizes profundas e, como se vê agora, abriu flancos estratégicos no aparato público das nações.

CRIME SEM PROVA MATERIAL -

     No Brasil um pequeno grupo passou a ter o controle sobre os sistemas de comunicação de massa. 
   Ora com o entretenimento fácil, ora com informações de ordem e duração tão rápidos que não se torna possível processá-las em sua ampla dimensão.
     Este grupo obteve apoio financeiro e técnico oriundos de rede de controle de informação mundial, tendo por objetivo padronizar consumo e pensamento.
     De um lado estimulando o consumo inviável aos padrões econômicos da absoluta maior parte da população e de outro lado escarnecendo o processo do caminho do crime para os crimes patrimoniais de uma população bestializada pelo desejo da posse.
     Após um processo de privatização promovido por um governo coptado pelos sistema corporativo mundial, surgiu a grande oportunidade de sugar ainda mais os parcos recursos da população nacional.
     Ora com um conteúdo de TV aberta de baixíssima qualidade, ora fechando conteúdo - antes a todos disponíveis -, o que possibilitou a entrada de canais de TV fechado com preços acima do mercado internacional. 
     Ora direcionando o sistema de telefonia e internet - que estava sob o controle estatal com preços acessíveis à população -, para o controle de multinacionais estrangeiras, com preços também acima do mercado internacional. 
     Em 2003, com a eleição de um governo com tendências populares, foi ofertado ao Brasil o sistema IMAX,  que possibilitaria o acesso à TV a cabo, telefonia e Internet -  com um mínimo de 100 Mb, 10 vezes superior ao melhor oferecido pelas telefônicas atuantes no mercado -, por um custo próximo a 20 dólares mensal, 5 vezes inferior aos 100 dólares cobrado pelo  mesmo serviço explorado pelas corporações.
     Diante de tal tentativa de mudança um grande lobby se formou perante o congresso nacional - Senado e Câmara dos Deputados - pelos grandes grupos corporativos que exploram a população brasileira,  para bloquear a implantação do sistema IMAX no Brasil.
     Para obter tal controle os sistemas de controle televisivo de massa - Jornais de TV,  inseridos dentro de entretenimento populares (novelas) - passaram a um ataque massivo contra o governo federal e seus ministros a partir de 2005.
   Surgiu assim,  um apontado sistema de "corrupção", onde o grupo governista estaria pagando propina para Deputados para aprovar propostas de interesse governista.
     Ocorre que no Brasil possuímos um sistema bicameral para aprovação legislativa, ou seja, o projeto deve ser aprovado pela Câmara dos Deputados - com 515 deputados -e pelo Senado Federal com 81 Senadores - com quórum mínimo de 50% +1 de cada casa para ser aprovado.
     Desta forma um suposto sistema de corrupção, implicaria logicamente em um hipotético suborno de no mínimo 300 congressistas.
     Mas, os jornais impressos e televisivos escondem sistematicamente da população a forma que se dá o processo legislativo, atuando de forma massiva em ataques à instituição legislativa, apontando corrupção e excessos financeiros.
     Deste modo, ficou fácil apontar a existência de um sistema de corrupção, que passou a ser apurado pelo Procuradoria Geral da República - órgão de persecução - e pelo Supremo Tribunal Federal - julgamento -,  onde pelos ataques sucessivos e massivos da imprensa escrita e televisiva, a população brasileira aderiu de forma inconsciente ao repúdio a um suposto ato criminoso.
     Ocorre que se houvesse um sistema de corrupção de um sistema parlamentar, tal vício surge desde o início da República Brasileira e de fato merece ser combatido.
     O problema é que na verdade tal sistema de corrupção teria uma dimensão monstruosa, onde os valores envolvidos apareceriam facilmente, pelo volume das transações financeiras, supostamente envolvida.
   Mas, não houver qualquer elemento que apontassem aos acusados do suposto caso de suborno tal movimento financeiro. E o mais surpreendente, foram condenados, sem que houvesse qualquer prova.
     Tal condenação, contraria a constituição brasileiro e qualquer convenção internacional sobre direito penal.
     Mas, o muito mais interessante é que tal pressão tinha origem na implantação do sistema IMAX, em substituição ao obsoleto e caro sistema de comunicação brasileiro.
     Podre e bizarro!

TERRORISMO NO BRASIL

TERRORISMO NO BRASIL

No ano que antecede as eleições no Brasil, as ações contra o governo federal começaram e as ações terroristas de origem obscuras começam a espoucar.

Como os misteriosos "apagões"no sistema de distribuição de energia elétrica, novamente vemos ações direcionadas contra o governo federal e suas ações sociais positivas.

O crime abaixo diz respeito e milhões reais de reais torrados em um incêndio criminoso e um atentado contra uma população pobre e necessitada do amparo do governo.

Diz  respeito a pessoas em estado de miserabilidade absoluta, que sem apoio acabam por ter que povoar a zona urbana - em busca de melhores condições de vida - aumentando o índice de favelização no país.

O sistema destruído possuía capacidade de reserva para 25 milhões de litros de água, de grande ajuda para o período de seca da região.

É um atentado do terror contra a administração pública eleita democraticamente, com fins e interesses de domínio econômico e manipulação social do país.

Tal matéria jamais alcançaia repercussão de dimensão nacional, pelo sistema de controle de pensamento operado pelos veículos de comunicação de massa, televisivo e impresso, dominado por um pequeno grupo que atua defendendo interesses corporativos externos ao do país e contrários ao interesses da grande maioria de sua população.

E os atos de terrorismo continuarão e tendem a aumentar até as eleições presidenciais, tal qual o visto abaixo.

Incêndio destrói milhares de cisternas do 'Água para Todos' armazenadas em Maracás

Incêndio destrói milhares de cisternas do 'Água para Todos' armazenadas em Maracás
Prejuízo pode atingir a cifra de R$ 6 milhões |Fotos: Vadinho Maracás
Um incêndio de grandes proporções destruiu, na noite deste sábado (12), milhares de cisternas doadas pelo Ministério da Integração Nacional (MI) para minimizar os efeitos da seca na Bahia. Os equipamentos, fabricados com polietileno, seriam doados a moradores de regiões afetados pela estiagem, considerada a pior dos 50 anos no estado, e estavam armazenados em uma área do perímetro urbano do município de Maracás, no sudoeste baiano.
De acordo com informações do site Vandinho Maracás, a cidade não possui companhia do Corpo de Bombeiros e os combatentes só chegaram por volta das 23h, após o fogo consumir cerca 1,2 mil cisternas. Moradores da região ainda conseguiram afastar cerca de 70 cisternas da área do fogo, mas as que ficaram foram totalmente destruídas ou danificadas pelas chamas, e não poderão ser mais utilizadas. Cada equipamento, segundo o MI, custa R$ 5.090, prejuízo que poderá custar aos cofres públicos cerca de R$ 6 milhões. As cisternas, que integram as ações do programa do governo federal "Água para Todos", possuíam capacidade para armazenar 16 mil litros de água, o que atenderia uma família de cinco pessoas por até seis meses - com tem tempo de vida útil de mais de 30 anos. A Polícia Técnica realizou uma perícia e investiga se o incêndio foi acidental ou criminoso.
 
Segundo informações da Delegacia de Polícia local, contatada pelo Bahia Notícias, funcionários da Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf) estiveram neste domingo (14) na unidade policial para registrar Boletim de Ocorrência. Nesta segunda (15), a delegada Viviane Rosa de Alcâtara deverá ouvir todos os funcionários da Codevasf responsáveis pela área atingida. Dados do cadastro único do "Brasil Sem Miséria" apontam que 429 mil famílias não têm cisternas no semiárido brasileiro e, em meio à escassez de água, dificilmente têm acesso ao recurso.