terça-feira, 22 de maio de 2012

O MODERNISMO EM PORTUGAL


O Modernismo em Portugal

O Modernismo surgiu em Portugal por volta de 1915, com a publicação ddas revistas ''Orfeu – 1915”, “Centauro – 1916” e “Portugal Futurista – 1919”.

Atitude tomada pelos novos escritores – esquecer o passado, desprezar o sentimentalismo falso dos românticos e adotar uma participação ativa na realidade da vida moderna.
Os novos autores deveriam distinguir-se pela originalidade de ideias, sendo que na poesia não deveriam se prender à rima e a mètrica.

FERNANDO PESSOA – 1888 – 1935

Fernando Antônio Nogueira de Seabra Pessoa nasceu em Lisboa no ano de 1888, mas viveu na Áfriva do sul até 1905. Sem dúvida nenhuma foi um dos maiores escritores de Portugal.
Em sua obra os temas que mais aparecem são o: “idealismo, ceticismo, trispeza, melancolia, tédio”.
Em sua trajetória, Fernando Pessoa adotou heterônimos, isto é, estilos e nomes diferentes, sem suas obras, tendo como principais:

Alberto Caieiro, homem simples, ingênuo, sem preocupações metafísicas.Sua preocupação era apenas com as coisas concretas e com sentidos. Usa vocábulário simples e primário.

Esqueço do quanto me ensinaram

Deito-me ao comprido na erva.
E esqueço do quanto me ensinaram.
O que me ensinaram nunca me deu mais calor nem mais frio,
O que me disseram que havia nunca me alterou a forma de uma coisa.
O que me aprenderam a ver nunca tocou nos meus olhos.
O que me apontaram nunca estava ali: estava ali só o que ali estava.
Alberto Caeiro, in "Fragmentos"
Heterónimo de Fernando Pessoa

Ricardo Reis, um poeta preocupado com o destino, a morte, e sempre voltado para o passado clássico. Seu vocabulário é rebuscado e difícil.

Prefiro Rosas

Prefiro rosas, meu amor, à pátria,
E antes magnólias amo
Que a glória e a virtude.

Logo que a vida me não canse, deixo
Que a vida por mim passe
Logo que eu fique o mesmo.

Que importa àquele a quem já nada importa
Que um perca e outro vença,
Se a aurora raia sempre,

Se cada ano com a primavera
As folhas aparecem
E com o outono cessam?

E o resto, as outras coisas que os humanos
Acrescentam à vida,
Que me aumentam na alma?

Nada, salvo o desejo de indiferença
E a confiança mole
Na hora fugitiva.

Álvaro Campos, poeta do futuro, é de estilo sensacionalista e influente.

Todas as Cartas de Amor são Ridículas

Todas as cartas de amor são
Ridículas.
Não seriam cartas de amor se não fossem
Ridículas.
Também escrevi em meu tempo cartas de amor,
Como as outras,
Ridículas.

As cartas de amor, se há amor,
Têm de ser
Ridículas.

Mas, afinal,
Só as criaturas que nunca escreveram
Cartas de amor
É que são
Ridículas.

Quem me dera no tempo em que escrevia
Sem dar por isso
Cartas de amor
Ridículas.

A verdade é que hoje
As minhas memórias
Dessas cartas de amor
É que são
Ridículas.

(Todas as palavras esdrúxulas,
Como os sentimentos esdrúxulos,
São naturalmente
Ridículas.)

Fernando Pessoa, ele mesmo, poeta lírico e nostálgico.

Frases -””” Amo como ama o amor. Não conheço nenhuma outra razão para amar senão amar. Que queres que te diga, além de que te amo, se o que quero dizer-te é que te amo?”””


“”Não se acostume com o que não o faz feliz, revolte-se quando julgar necessário.
Alague seu coração de esperanças, mas não deixe que ele se afogue nelas.
Se achar que precisa voltar, volte!
Se perceber que precisa seguir, siga!
Se estiver tudo errado, comece novamente.
Se estiver tudo certo, continue.
Se sentir saudades, mate-a.
Se perder um amor, não se perca!
Se o achar, segure-o!””

Fernando Pessoa

Nenhum comentário:

Postar um comentário